sábado, 17 de dezembro de 2011

Dentro da seleção: Chuca se espelha em geração Paula, Hortência e Janeth e assiste a WNBA para conhecer rivais

Nos dias 09 e 11 de setembro desse ano, o Brasil participou de dois amistosos contra Cuba. Fui para Americana para acompanhar a última partida e tive a oportunidade de conversar com algumas jogadoras. Uma delas foi a Patricia Ferreira. Não reconhece? É porque todo mundo a chama de Chuca.

Jogadora de Ourinhos, um dos times mais tradicionais do país, cresceu em uma época na qual Paula, Hortência, Janeth, Leila Sobral e Marta passeavam em quadra e inspiravam várias garotas a encarar a bola laranja. Chuca chegou a ficar parada devido a tuberculose, mas volta ao ofício com a esperança de trazer novas conquistas para o Brasil. Confira nessa entrevista as expectativas dela quanto às novas jogadoras do nosso país, sua admiração por Janeth e, claro, seu relacionamento com a WNBA.

Qual a expectativa de vocês, veteranas da seleção, quanto à nova safra de jogadoras que está surgindo no Brasil, principalmente essas que voltaram com o bronze no mundial sub19?
Essas meninas, a Damiris, a Tássia, entre outras, vêm de um trabalho de base muito bom, por isso chegaram à seleção principal e estão ajudando. É fora de série! Eu acho que é muito bom trazê-las para o time adulto para nos ajudarem e para que elas adquiram experiência. Ah, e eles (a equipe técnica da base) estão de parabéns pelo trabalho que fizeram e estão fazendo. Porque daqui a algum tempo nós paramos, né? A idade chega, e elas estarão aí para o futuro do nosso basquete.

Quando você começou a jogar, sentiu falta desse cuidado?
Olha, não. Porque na época em que eu jogava, eu me inspirava na Paula, na Janeth, na Hortência, Marta... (ela deu uma pausa) Uau! Um monte! Uau! Era um time muito bom, que tinha a Leila Sobral também, e tantas outras super importantes para mim. Era uma época muita boa, na qual você tinha mais visibilidade. Tanto que depois de algum tempo eu peguei seleção e elas estavam lá, só a Paula e a Hortência que não, porque elas já haviam parado. Então acho que ter esse espelho foi mais fácil.

Elas trouxeram bastantes meninas para o basquete, né?
Sim, e isso contribuiu bastante para mim porque eu as admirava muito. E, graças a Deus, agora tudo o que eu tenho, tudo o que eu conquistei, lógico que tem o trabalho dos meus técnicos, dos meus ex-técnicos, toda a formação, mas acho que elas foram um ponto fundamental.

A responsabilidade agora é de você das suas companheiras?
É, tudo muda. Uma geração segue, a outra pára e nós queremos manter esse trabalho que elas começaram a fazer e, na verdade, conseguir resultado. Porque quanto mais resultado trouxermos, melhor será para o basquete.

Você chegou a jogar com a Janeth, certo? Como foi?
Eu era reserva dela, então quando ela saía, eu entrava. Mas foi muito bom, ela era extraordinária e eu aprendi muito.

E como foi a transição de relacionamento de ex-companheira de quadra para técnica?
A Jane é tranquila. Quando ela traça um objetivo, ela sabe o que ela quer e para onde tem que ir. E nisso, ela nos ajudou bastante. Como eu a conheço e ela sabe do meu potencial, às vezes é até bom porque ela fica falando algumas coisas, sabe? O que eu posso dar, se eu posso dar algo a mais. Ela sabe, então isso é importante porque ajuda muito.

Agora, indo um pouco para longe. Você gosta da WNBA?
Eu assisto bastante porque quando estamos nas Olimpíadas, ou no Mundial, enfrentamos essas jogadoras, então eu analiso o jogo, quero saber como elas estão. Principalmente os EUA, que é um Dream Team. Acredito que para derrotarmos os melhores precisamos estar entre eles ou observá-los, por isso eu fico olhando: mesmo que eu não esteja lá, vejo como jogam, porque se um dia tivermos que nos enfrentar, já conheço o estilo de jogo. E sempre dá para aprender bastante, já que essa liga têm grandes jogadoras. Sem contar com as nossas que estão lá (nota da blogueira: na época, Érika e Iziane – hoje, o contrato da ala terminou. Ainda não houve movimento quanto à situação dela).

Torce para algum time da WNBA?
Olha, na verdade... NÃO! (bem-humorada) Eu só fico observando, eu gosto de ver alguns estilos de jogadoras tipo a Taurasi e a Penny Taylor. Eu observo presto atenção em algumas delas, o que elas fazem, o treinamento, as jogadas, essas coisas.

Para terminar, qual o seu diferencial na seleção?
Minha alegria, minha vontade e a minha motivação. A busca por cada cesta, aquele ponto que você vibra, chama a torcida, grita, tudo pela vitória. Eu acho que essa força é importante.

sábado, 26 de novembro de 2011

Loteria do Draft ignora as probabilidades e Los Angeles Sparks fica com a primeira escolha mais uma vez

Lisa Leslie, ex jogadora do Los Angeles Sparks, tem a primeira oportunidade de participar do draft como dona de uma franquia, ainda a favor do time no qual consagrou sua carreira

Em abril de 2012 os primeiros times a escolher as futuras estrelas da WNBA serão o Los Angeles Sparks, o Chicago Sky, o Minnesota Lynx e o Tulsa Shock, respectivamente, de acordo com o sorteio que aconteceu no dia 10 de novembro. Se você acompanha a liga há algum tempo, provavelmente acha que acabou de ter um déjà vu. Mas pode ficar tranquilo porque um estudo psicológico não será necessário para isso. Acontece que é a mesma ordem do draft de 2008, quando Candace Parker, Sylvia Fowles e Candice Wiggins ouviram seus nomes sendo chamados pela ex-presidente Donna Orender para fazerem parte de um time profissional da liga de basquete feminino mais badalada do mundo.

O que é interessante observar nessa ordem? Bom, o Los Angeles Sparks realmente passa por uma fase ruim (chegou até a ficar fora dos playoffs da última temporada) e precisa de mais uma número 1 (a terceira da franquia, e que não se machuque tanto quanto Candace Parker) para trazer consistência à equipe. Nos últimos jogos desse ano, o time até conseguiu encontrar um caminho para a remissão, mas foi derrotado pelo San Antonio Silver Stars (que foi tão inconstante quanto) justamente no jogo que decidiria qual dos dois morreria na praia ou iria para os playoffs.

Falando em morrer na praia, o Chicago Sky, dono da segunda escolha (assim como em 2008, quando trouxe Sylvia Fowles), precisa encontrar o ritmo de verdade para finalmente chegar aos playoffs. A equipe nunca alcançou uma pós-temporada na história, e essa é uma oportunidade que não pode passar batida, principalmente para ajustar as laterais. A equipe é relativamente boa, mas precisa de um elo mais forte entre a armação e o fundo de quadra.

Quanto ao dono da terceira escolha, o Minnesota Lynx... o Washington Mystics deve estar se remoendo até agora, já que essa vaga veio a partir de uma troca com ele. Se tem um time que não precisa dela é o Lynx. A franquia passa pela melhor fase de todos os tempos, acabou de conseguir um título e tem um elenco super talentoso (com três números 1, a propósito - Seimone Augustus, Lindsey Harding e Maya Moore). Essa oportunidade será ótima para conseguir uma futura substituta para Taj McWilliams-Franklin, pivô veteraníssima, que está em plena forma, mas já atingiu os 40 anos. Alguma hora vai ter que parar, né!?

Para terminar o TOP4, Tulsa Shock, o que tinha a maior probabilidade de ficar com a primeira escolha, terminou em quarto lugar. O elenco dessa equipe tem nomes como Elizabeth Cambage e Sheryl Swoopes, mas teve duas temporadas horríveis. Não ter conseguido a primeira escolha prejudicou bastante a franquia. Pelo menos está em uma boa posição para tentar remontar o time para 2012.

Como foi dito, o Shock era a equipe que tinha mais chances de ficar com a primeira escolha, e acabou sendo o último escolhido. O Sparks, que tinha menos oportunidades, foi o primeiro, e o resto segue a mesma linha: Sky (2) tinha 178 em 1500, e o Lynx (3) 276 em 1500 chances. Assim, o Los Angeles se torna o segundo time nessa situação contraditória a conseguir o topo do draft. O outro foi o Phoenix Mercury, em 2007.

O resto da tabela (primeira rodada, da quinta até a décima-segunda escolha) segue com San Antonio Silver Stars, Phoenix Mercury, New York Liberty, Washington Mystics, Connecticut Sun, Washington Mystics Indiana Fever e Minnesota Lynx.

Brian Agler renova com o Storm

O técnico Brian Agler garantiu que fica com o Seattle Storm até 2015. A novidade veio bem cedo, quase na metade da offseason, e é surpreendente porque ele tinha no contrato mais um ano com o time. No entanto, a permanência na cidade chuvosa é bastante compreensível.

Agler chegou lá em 2008, e desde então conseguiu passagem todos os anos para os playoffs, sendo que em 2010 terminou campeão da WNBA e foi eleito o melhor em seu cargo na temporada. Na carreira como técnico do Seattle, tem campanha de 91 vitórias e 45 derrotas, que é um recorde na liga para esse tempo de mandato. Além disso, no dia 11 de setembro do ano em que estamos ele alcançou sua 211º vitória, e se tornou o técnico com o maior número de vitórias na história do basquete feminino profissional.

Sob seu comando estão Lauren Jackson (que também renovou contrato com o Storm ainda durante a temporada regular) e Sue Bird, jogadoras leais ao Seattle Storm, cuja torcida é de fazer tremer qualquer time que chega à KeyArena para enfrentar as donas da casa.

Acredito que esse time de muita qualidade vai conseguir mais um título entre o próximo ano e 2014 (pelo menos, que é quando o contrato da australiana expira). Concorda comigo? Dá o pitaco aí nos comentários!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Minnesota Lynx é campeão da WNBA


Há menos de uma hora o Minnesota Lynx venceu o Atlanta Dream no terceiro jogo seguido da final e se consagrou, com honra, o campeão de 2011 da WNBA. Esse foi o primeiro título da franquia.

Na conferência Oeste, foi o time com melhor campanha (27-7, o Seattle Storm no ano passado fez 28-6), fruto do trabalho em equipe, apesar de suas princiais jogadoras serem espetaculares individualmente.

Exemplo disso é a Seimone Augustus, que muitas vezes parece estar jogando streetball, fazendo acrobacias com a bola, e deixando as adversárias para trás, sem chance de se defenderem. Outro nome que fez a diferença foi Lindsay Whalen, armadora experiente, habilidosa e consistente que chegou ao Lynx esse ano. E como não mencionar Maya Moore, a Novata do Ano? Lance de dentro do garrafão, arremesso da linha de três pontos ou um jumpball, tudo isso ela faz muito bem, e com consciência (apesar de não ter tido bom rendimento no segundo jogo da série).

Candice Wiggins, no banco nessa temporada, sempre trouxe bolas de três pontos e boa defesa para a quadra. Rebekka Brunson foi uma máquina de ataque, e Taj McWilliams-Franklin, "quarentona", esteve na sua posição com força de novata e liderança ímpar.

Desde junho, o time de Minneapolis mostrou que tinha todos os elementos necessários para ser aquele que levaria a taça para casa, e foi eficiente o bastante para fazer o que prometia. Logo no início da temporada, a australiana Lauren Jackson disse que o Lynx era o time a ser vencido. Ela estava correta, e a equipe que tinha a obrigação de derrotá-lo (Atlanta Dream), não conseguiu fazê-lo.

Parabéns ao Minnesota Lynx, que levou o título merecidamente.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Estados Unidos faz tour europeu como preparação para as Olimpíadas

A assistente técnica Jennifer Gillom e as atletas da seleção dos Estados Unidos. FOTO: USA Basketball Photos

Geno Auriemma e algumas jogadoras já estão em Nápoles, na Itália, onde começam uma série de amistosos contra clubes, como parte da preparação para as Olimpíadas do ano que vem. A maioria das meninas que estão lá jogam na WNBA, como Swim Cash (Seattle Storm), Tina Charles (Connecticut Sun), Asjha Jones (Conneticut Sun), Renee Montgomery (Connecticut Sun), Cappie Pondexter (New York Liberty), Sophia Young (San Antonio Silver Stars), Danielle Robinson (San Antonio Silver Stars). Diana Taurasi (Phoenix Mercury - a atleta tem raízes italianas) e Candice Dupree (Phoenix Mercury) deveriam chegar ao final dessa semana.

A universitária Brittney Griner (Baylor University) também está com a equipe. Ela estuda na mesma universidade que Sophia Young se formou, e enquanto estava no ensino médio ficou conhecida por enterrar facilmente.

Algumas atletas como Sue Bird e Candace Parker não participam porque estão lesionadas. Outras, como Maya Moore, Lindsay Whalen, Seimone Augustus, Rebekka Brunson, Candice Wiggins (todas do Minnesota Lynx) e Angel McCoughtry (Atlanta Dream), estarão ausentes porque participam da final da WNBA. A técnica Marynell Meadors (Atlanta Dream), que é assistente de Geno Auriemma na seleção, também não viaja ao Velho Continente.

Dois dos jogos acontecem hoje e amanhã, na cidade onde o time está treinando. No dia 5 de outubro, o adversário delas, na terra da paella, será o Ros Casares (campeão espanhol), equipe de Lauren Jackson (que ainda está na Austrália). O ZVVZ-USK Prague (campeão tcheco) será o rival do dia 8, na República Tcheca. E para finalizar a viagem, o campeão húngaro, UNIQA-Euroleasing Sopron, recebe as americanas em casa.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sem Érika, e com atuação brilhante de Iziane, Atlanta Dream é campeão do Leste

*Legenda das fotos ao final do post

O time que faltava para que a final entre conferências da WNBA tivesse seus competidores definidos se classificou hoje. O Atlanta Dream derrotou o Indiana Fever duas vezes seguidas na série melhor-de-três da final do Leste.

A brasileira Iziane Castro Marques, que foi reserva na maior parte da temporada, entrou como titular nas duas últimas partidas para substituir Érika de Souza, pois ela está com a seleção brasileira jogando o Pré-Olímpico, em Neiva, na Colômbia (e vai muito bem, obrigada). Você deve se perguntar: Mas a Érika é pivô, e a Iziane é ala, por que a Marynell Meadors não colocou Alison Bales, que tem média baixa, mas pelo menos joga na mesma posição, e o garrafão não ficaria defasado?

A técnica disse que queria se aproveitar da rapidez de suas alas, por isso, desde domingo, não existe nenhuma referência a pivô no quinteto titular do Atlanta, apenas jogadoras das posições de 1 a 4. E com essa escolha, Meadors foi muito feliz.

Iziane, portanto, foi bem-aventurada. Na partida do fim de semana (domingo, 25/09), ela foi a cestinha, com 30 pontos, e foi bem na defesa. No jogo de poucas horas atrás (27/09, às 21h), marcou apenas 7 a menos (23, muito pouco abaixo de Angel McCoughtry, sua companheira de equipe e cestinha do confronto, que fez 26).

A média da brasileira na temporada regular foi de 7,6 pontos por jogo (10 ppj em todo tempo de WNBA), e o ressurgimento nos playoffs pode ser decisivo em sua carreira. Esse é seu último ano de contrato com o Dream. Se seu rendimento nos jogos derradeiros de 2011 continuar em ascensão, o atual time em que ela está vai precisar liberar muito mais dinheiro para mantê-la na Geórgia, pois outras equipes podem fazer novas ofertas.

Em relação ao Indiana Fever, que ganhou o primeiro jogo dessa série, a derrota e a eliminação não foram os únicos elementos do saldo negativo. No segundo compromisso, Tamika Catchings (MVP) jogou com baixo rendimento (8 pontos e 9 rebotes) até aproximadamente 4 minutos para o fim. A partir daí, ela não esteve mais em quadra, pois precisou sair carregada devido a uma lesão (não muito importante) no pé direito. Sem a MVP, o Indiana perdeu de 94 a 77. Na partida dessa noite, o placar final também teve uma diferença grande: 83 a 67.

Fora das quatro linhas, essa série foi marcada pela dispensa de Érika. A repercusão do assunto foi maior do que imaginada, e de maneira negativa, pois grande parte dos norteamericanos estão tratando a atitude dela como desleal ao Atlanta Dream (que é o pensamento dos brasileiros quanto a Iziane para com o país). A técnica de sua equipe na WNBA, em entrevista à imprensa, após o jogo do domingo, disse que esteve em contato com a nossa seleção desde janeiro, mas só deram a certeza de que Érika precisaria sair há algumas semanas, e confirmaram a data precisa há alguns dias. Além disso, ela afirmou que o Brasil fazia ameaças, dizendo, por exemplo, que se ela não fosse liberada, poderia não jogar nas Olimpíadas.

Entrei em contato com CBB para checar isso, mas até agora não obtive resposta.


LENGENDAS DAS FOTOS:
1. Iziane, no domingo, comemora sua excelente atuação (30 pontos). Ela recebeu elogios de sua técnica e foi ovacionada pela torcida. FOTO: Scott Cunningham/NBAE/Getty Images;
2. Tamika Catchings, a atual MVP da liga, precisou ser carregada para fora da quadra. Apesar do contexto, gostei muito dessa imagem, por causa do equilíbrio das cores e dos elementos, e também da mensagem que ela passa. Tamika Catchings é muito especial para seu time, não só porque é uma das melhores jogadoras atualmente, mas também por seu carisma e sua humildade. (ATENÇÃO, SPOILER A PARTIR DAQUI) Essa foto me lembrou demais uma cena do filme "Ensaio Sobre a Cegueira", de Fernando Meirelles (adaptção da obra de José Saramago), quando as mulheres voltam carregando uma de suas companheiras depois de uma experiência traumática na quarentena (a propósito, o filme é ótimo, vale a pena conferir!). FOTO: Scott Cunningham/NBAE/Getty Images

domingo, 25 de setembro de 2011

E o campeão do Oeste é...

...o Minnesota Lynx!

Jogadoras do Minnesota Lynx comemoram o primeiro avanço da franquia à grande final da WNBA. Foto: Barry Gossage/NBAE/Getty Images

Por um jogo, o atual campeão do Oeste não igualou a campanha do Seattle Storm (atual dono da taça da WNBA) na temporada passada. A equipe de Maya Moore teve 27 vitórias e 7 derrotas antes dos playoffs (Storm foi 28-6), e até agora tem 3-2 nos jogos decisivos. A vítima da vez foi o Phoenix Mercury, que desde de 2009 tem jogado as finais da conferência Oeste.

O adversário do Minnesota na final geral desse ano pode ser o Atlanta Dream ou o Indiana Fever, que trazem a resposta na terça-feira (27). Durante os três meses de campeonato, o primeiro finalista de 2011 derrotou essas duas equipes em todas as vezes que se enfrentaram.

E o que a técnica Cheryl Reeve tem para ser campeã esse ano? Tudo. Começando com seu elenco, que finalmente esteve saudável e pôde jogar com força total. Seimone Augustus e Candice Wiggins mostraram o por quê de ainda terem a confiança da franquia mesmo tendo ficado fora em temporadas anteiores por causa de lesão, e sempre foram decisivas no ano decorrente. O acréscimo de Lindsay Whalen trouxe consistência e inteligência na posição número 1. Continuando a lista de reforços, a chegada de Taj McWilliams-Franklin, a Mama Taj (40 anos), tornou o garrafão do Lynx uma fortaleza e um campo minado, e também colocou um trono monárquico nele, pois essa mulher sabe como liderar e levar confiança a suas colegas. Rebekka Brunson é uma máquina de fazer pontos. E Maya Moore... bom, Maya Moore foi a melhor coisa que poderia ter acontecido ao Minnesota Lynx. Ela arremessa para três pontos, infiltra ou trabalha no garrafão com primazia, e sendo uma novata.

Seguindo a lógica da temporada, o campeão será "Los Lynx" (no twitter a hashtag #LosLynx virou febre), mas para isso elas podem ter que enfrentar Tamika Catchings (ou não, já que ela se machucou no jogo de hoje), Katie Douglas e o Indiana Fever para dar o primeiro anel à franquia. Seria mais fácil passar pelo Atlanta Dream do que pelo time da MVP.

Meu palpite é de que o Minnesota Lynx ganha esse ano.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tamika Catching é a MVP da temporada

*legendas das fotos e fatos sobre a jogadora ao final do post!

Nessa quinta-feira (22/09) a WNBA anunciou que Tamika Catchings foi eleita a jogadora mais valiosa da temporada.

Em sete das últimas quatorze premiações de MVP, a vencedora dele esteve entre as quatro maiores pontuadoras, mas Catchings figura apenas a décima colocação esse ano. Nos outros fundamentos (rebotes, assistências e roubos), ela está entre as quinze melhores. Então, o que a fez merecer os 292 votos de quarenta jornalistas esportivos dos Estados Unidos?

Tamika entrou na WNBA em 2001, mas só começou a atuar em 2002 porque sofreu uma lesão do ligamento cruzado anterior (que aflige tantos atletas) em seu último ano universitário com a University of Tennessee (ela foi pupila de Pat Summit, aquela que agora está com Alzheimer). Assim que estreou, ganhou o Novata do Ano e terminou como uma das três mais votadas para o prêmio que só recebeu dez anos após chegar na liga profissional.

Por quatro vezes foi escolhida a melhor defensora da competição, mas ainda assim não conseguia o maior prêmio individual de uma atleta da WNBA. Ele finalmente aconteceu, mas ela afirma que ainda não sente que sua carreira está completa. Para que isso aconteça, falta a taça, junto do anel.

"Ser nomeada MVP é ótimo e eu realmente estou animada com ele, mas minha missão ainda não está completa. Minha missão é conquistar um título, e eu acredito que, como um time, estamos extremamente empenhadas nisso", disse a MVP.

Sua companheira de equipe Katie Douglas confirma. "Prêmios individuais são ótimos, e ela merece isso, mas se ela tivesse que escolher entre os dois, certamente ficaria com o título de campeã da WNBA."

Em 2009, ela quase conseguiu, mas o Indiana Fever não pôde conter o Phoenix Mercury, que corre o risco de ser seu rinal na grande final mais uma vez, já que os dois estão na peleja pela conquista de suas respectivas conferências.

O feito de Tamika Catchings lança um novo olhar sobre o prêmio de jogadora mais valiosa. O que vale agora, não é apenas o poder ofensivo da atleta em questão, mas sim seu papel em quadra, e o efeito que ela pode causar sendo uma jogadora completa. Tamika pode definir o jogo fazendo pontos, ou construindo uma barricada contra o adversário, sendo excelente nos dois. Fora das quatro linhas, Catchings é uma das mais ativas na comunidade, além de ser a presidente da WNBA Players Association (aquela que na versão NBA está tendo problemas com os cartolas).

A ala quebrou tabus, e superou dificuldades da vida. O corpo da atleta é perfeito, mas uma parte dele não cumpre completamente sua função principal. Tamika é meio surda. Da sexta série até a metade do seu período com as Lady Vols ela se recusou a usar aparelho para a ajudar a ouvir. O motivo? Não queria escutar seus coleguinhas caçoando dela. "As crianças tiravam sarro de mim por causa da minha aparência e por causa do meu jeito de falar. Crianças não entendem que as pessoas são diferentes." Ela rejeitou a ajuda, até que Pat Summit a convenceu a usar o aparelho que melhora sua audição.

Hoje, com dez anos de experiência na WNBA, Tamika Catchings já foi eleita melhor defensora da liga, já esteve no elenco do "Melhor Time da WNBA", está entre as quinze melhores jogadoras de toda a história da WNBA, foi campeã do Leste, já foi a mais votada para o All-Star Game, e agora ganhou um MVP. Mas não devemos pensar que já tivemos o bastante dessa brilhante jogadora.

Há algumas horas, ela e o Indiana Fever deram o primeiro passo para mais uma decisão, ao vencer o Atlanta Dream por 82 a 74. A MVP fez um duplo-duplo (12 pontos e 13 rebotes). Se conseguirem mais uma vitória, a vaga na série final da temporada está garantida, e Tamika Catchings finalmente poderá preencher todas os espaços de sua carreira basquetebolística.

"Eu realmente sinto que com isso [o título da WNBA] eu completaria tudo em qualquer área do basquete. Eu já completei todo o resto. Essa é a última missão agora."

Confira esse vídeo feito pela WNBA com as 10 melhores jogadas de Tamika Catchings nessa temporada. Em uma delas (a partir do 0:053), ela faz a cesta, volta ára defender e quebra o passe do New York Liberty do outro lado da quadra. A jogada número 1, é aquela com a qual alcançou seu 5000º ponto na carreira. No mesmo dia (13/08) ela alcançou sua maior pontuação na carreira (32 pontos).

LEGENDA DAS FOTOS:
1. Tamika Catchings foi a terceira escolha do draft de WNBA de 2001, ficando atrás apenas de Lauren Jackson e Kelly Miller.
2. Como só pode estrear em 2002, nesse ano foi escolhida para receber o prêmio de Novata do Ano, e ficou em terceiro lugar na luta pelo MVP.
3. No ano em que Lauren Jackson foi MVP, Tamika ficou no terceiro lugar da disputa com a australiana.
4. Nessa imagem, ela está entre dois nomes importantíssimos para o basquete feminino. À sua esquerda, Tina Thompson (ainda ativa, no Los Angeles Sparks) e Lisa Leslie (aposentada). Em 2008, ela ganhou sua segunda medalha olímpica de ouro. A primeira veio em 2004.

Fatos sobre Tamika Catchings:
1. Ela foi eleita quatro vezes como a melhor defensora da temporada, com direito a duas consecutivas (2005 e 2006).
2. Participou de sete All-Star Games, sendo que nesse último foi a que teve mais votos entre as duas conferências.
3. Fez seu milésimo ponto em seu segundo ano como profissional.
4. Devido a uma lesão, em 2008 ela chegou mais tarde às quadras, e ainda assim teve lugar no melhor time de defesa da temporada.
5. Seu pai, Harvey Catchings, atuou por 11 anos na NBA.
6. Ela fez parte do Time da Década da WNBA, no décimo aniversário da liga.
7. Foi a jogadora mais rápida a alcançar 2000 pontos.
8. Em seu ano de estreia com a WNBA, também foi campeã mundial com os Estados Unidos pela FIBA.
9. No mesmo dia em que foi selecionada, Svetlana Abrosimova, Penny Taylor, Katie Douglas, Ruth Riley, Deanna Nolan, Tammy Sutton-Brown e Yelena Karpova também entraram na WNBA. Dessas, duas são suas companheiras de equipe no Indiana Fever (Katie Douglas e Tammy Sutton-Brown).

Os finalistas do Oeste

Na terça-feira (20/09), o Minnesota Lynx venceu o San Antonio Silver Stars e com isso determinou quais times fariam a final da conferência Oeste. Um dia antes, em uma partida emocionante, o Phoenix Mercury surpreendeu ao se sair melhor do que o Seattle Storm e também garantiu a sua vaga.

O jogo do dia 19, na KeyArena, foi decidido nos últimos segundos da prorrogação, e foi Candice Dupree quem entregou a vitória para o time de Diana Taurasi, que chegou a ser eliminada por faltas.

Já em Minneapolis, apesar do San Antonio Silver Stars ter conseguido ganhar do Minnesota Lynx no segundo confronto desses times nos playoffs, a equipe que ficou em primeiro lugar no Oeste mostrou sua soberania e deixou o visitante muito para trás ao ganhar de 85 a 67.

Dados das séries
Minnesota Lynx (1) 2 x 1 San Antonio Silver Stars (4)
Jogo 1: 66-65 (Lynx)
Jogo 2: 84-75 (Silver Stars)
Jogo 3: 85-67 (Lynx)

Seattle Storm (2) 1 x 2 Phoenix Mercury (3)
Jogo 1: 80-61 (Storm)
Jogo 2: 92-83 (Mercury)
Jogo 3: 77-75 (Mercury

Os finalistas do Oeste

Na terça-feira (20/09), o Minnesota Lynx venceu o San Antonio Silver Stars e com isso determinou quais times fariam a final da conferência Oeste. Um dia antes, em uma partida emocionante, o Phoenix Mercury surpreendeu ao se sair melhor do que o Seattle Storm e também garantiu a sua vaga.

O jogo do dia 19, na KeyArena, foi decidido nos últimos segundos da prorrogação, e foi Candice Dupree quem entregou a vitória para o time de Diana Taurasi, que chegou a ser eliminada por faltas.

Já em Minneapolis, apesar do San Antonio Silver Stars ter conseguido ganhar do Minnesota Lynx no segundo confronto desses times nos playoffs, a equipe que ficou em primeiro lugar no Oeste mostrou sua soberania e deixou o visitante muito para trás ao ganhar de 85 a 67.

Dados das séries
Minnesota Lynx (1) 2 x 1 San Antonio Silver Stars (4)
Jogo 1: 66-65 (Lynx)
Jogo 2: 84-75 (Silver Stars)
Jogo 3: 85-67 (Lynx)

Seattle Storm (2) 1 x 2 Phoenix Mercury (3)
Jogo 1: 80-61 (Storm)
Jogo 2: 92-83 (Mercury)
Jogo 3: 77-75 (Mercury

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Leste já tem times garantidos na final

As semifinais do Leste foram entre Indiana Fever (primeiro lugar) e New York Liberty (quarto lugar), e Connecticut Sun (segundo lugar) e Atlanta Dream (terceiro lugar).

No domingo, o Atlanta Dream foi o primeiro time que não havia ficado na frente do rival na temporada regular a seguir na competição. A equipe das brasileiras Érika de Souza e Iziane Castro fechou a série em 2-0, sendo que a última partida foi na casa delas, em Atlanta. As nossas conterrâneas tiveram participação crucial nessa conquista.

A pivô era indomável embaixo da tabela, enquanto Iziane trazia arremessos e finalizações decisivas para o Dream, mesmo não ficando tanto tempo em quadra. No primeiro confronto, ela substituiu Angel McCoughtry, quando essa foi expulsa por ter atingido o limite de faltas.

Dados dessa série:
Connecticut Sun (2) 0 x 2 Atlanta Dream (3)
Jogo 1: 89-84 (Dream)
Jogo 2: 69-64 (Dream)


A outra decisão, Indiana Fever x New York Liberty, teve o desfecho esperado, já que o time de Tamika Catchings sempre esteve na frente na competição. Porém, para atingir a vaga na final da conferência o Indiana precisou da terceira partida.

Nos dois compromissos, Katie Douglas foi a maior pontuadora, com 25 pontos no primeiro jogo, e 21 no terceiro.

Dados dessa série:
Indiana Fever (1) 2 x 1 New York Liberty (4)
Jogo 1: 74-72 (Fever)
Jogo 2: 87-72 (Liberty)
Jogo 3: 72-62 (Fever)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Maya Moore ganha o prêmio de novata do ano

(Foto: Barry Gossage/NBAE/Getty Images)

Pelo quarto ano seguido, a primeira escolha do draft foi eleita a melhor novata do ano. Maya Moore entrou na WNBA com pompa no dia 11 de abril, e ajudou a mudar a história do Minnestoa Lynx, ajudando o time a voltar aos playoffs depois de 6 anos de jejum forçado de pós-temporada.

No final da temporada regular, a ex UConn liderava todas as primeiranistas em pontos (13.2), eficiência (14.2), roubos de bola (1.41) e minutos (28), o que a ajudou a ganhar 38 votos de jornalistas esportivos nos Estados Unidos, contra apenas 2 a favor de Danielle Adams (SAN).

Em junho, Adams foi quem ganhou o prêmio de novata do mês, mas uma contusão no pé direito a deixou de fora de quadra por aproximadamente 5 semanas, e isso fez com que a as probabilidades de ela tirar o prêmio mais importante da categoria das mãos de May Moore fossem menores ainda.

Hoje (16/09), as duas se enfrentam no primeiro jogo da série Lynx-Silver Stars dos playoffs de 2011 da WNBA, e como novatas já carregam o peso de colocar o time na frente em horas de aperto.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Seattle Storm x Phoenix Mercury, a melhor defesa contra o melhor ataque

Os playoffs da WNBA começam hoje, e um dos duelos que vai decidir quem leva a taça, é o clássico Seattle Storm x Phoenix Mercury, na semifinal da conferência Oeste.

Quais as vantagens de um sobre o outro?

Seattle Storm:
1. Mesmo sem Lauren Jackson em 20 partidas, foi a melhor defesa da temporada, permitindo que seus adversários marcassem apenas 69.85 pontos por jogo quando se enfrentavam.
2. Nas últimas duas temporadas ganhou 10 dos 11 jogos contra o time do Arizona.
3. Sue Bird, por causa da ausência da pivô australiana, precisou carregar um pouco do peso da ofensiva e atingiu seu recorde na carreira, anotando 14.7 pontos por jogos, e também superou sua marca em assistências, com 4.9 por partida nessa temporada.
4. A equipe da cidade de Bill Gates foi a única a deixar que seus adversários tivessem média de menos de 70 pontos por jogo, em 2011.
5. O Storm tem vantagem de quadra, e nos ano passado, quando foram campeões, fizeram campanha de 15-2 em casa. O Mercury está com 8-9 na estrada esse ano.
6. As meninas estão defendendo o título de 2010, e levam isso como obrigação. Um Seattle determinado é um Storm perigoso.

Como o Phoenix Mercury pode rebater isso?

Veja bem:
1. É a melhor ofensiva esse ano: 88.97 pontos por jogo.
2. Diana Taurasi ganhou como cestinha da temporada com 21.625 pontos por jogo. Ela tem ao seu lado a colega de seleção de Lauren Jackson Penny Taylor (16.7 ppj, 4.9 rpj e 4.7 apj), e também Candice Dupree, uma das jogadoras mais menosprezadas da WNBA.
3. Esse é o terceiro ano consecutivo que o Phoenix ganha como time de melhor ataque.
4. O feito de Diana Taurasi de maior pontuadora do ano se repete há quatro temporadas. Esse é o seu quinto, no total.

O Seattle Storm tem vantagem no confronto, mas o Phoenix Mercury é um time de surpresas. Taurasi se torna imbatível em momentos decisivos, quando começa a acertar seus belos jump shots e arremessos de 3 pontos, e Penny Taylor e Candice Dupree não têm falhado na missão. A pivô DeWanna Bonner é bastante flexível e se movimenta bem. Temeka Johnson distribui bem o jogo, e é experiente, conhece o time em que joga.

O resulto do primeiro confronto entre esses grandes grupos sai hoje à noite, com transmissão da WNBA. O site oficial agenda o compromisso para 23h. Não perca!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dentro da seleção: Amistoso Brasil x Cuba - Jogos Desafio Eletrobras

Nesse fim de semana, a seleção brasileira de basquete feminino participou de dois amistosos pelos Jogos Desafio Eletrobras contra a sempre rival Cuba, como parte da preparação para o Pré-Olímpico, que começa no dia 24 desse mês, e dá apenas uma vaga para algum time da América, nas Olimpíadas de 2012. O primeiro foi na sexta-feira e o outro no domingo, dia em que eu estive na cidade de Americana para ouvir algumas jogadoras e personagens da comissão técnica.

O duelo Brasil x Cuba sempre foi palco de fortes emoções, e próximo ao levantar da bola na manhã do dia 11, Janeth, que já passou por muitos deles, falou sobre a importância de enfrentar essa seleção em um amistoso há poucos dias da viagem à Colômbia. "O importante é que nós estamos evoluindo taticamente, técnicamente e fisicamente. Queremos chegar a 100% na competição, e Cuba sempre foi um time para o qual podemos pedir o caminho que estamos trilhando, e também é um adversário direto na disputa pela vaga na competição [em Neiva], junto ao Canadá e a Argentina."

Tanto Ênio Vecchi (técnico) quanto Janeth (assistente técnica) e Hortência (diretora de seleções) ficaram satisfeitos com o que viram dentro de quadra. "Lógico que não executamos 100% daquilo que nós programamos. Ainda temos algumas correções a serem feitas, mas a atuação delas foi satisfatória," disse o comandante da equipe.

O discurso da diretora não foi diferente. "Eu não estou buscando resultado. É obvio que a televisão está aí e estão mostrando [os jogos] para todo mundo, mas o mais importante é treinar a equipe para o Pré-Olímpico. O time masculino do Brasil [em Mar Del Plata] não começou jogando como eles terminaram. O importante é crescer na competição e ganhar na hora que tem que ganhar", disse a ex-atleta, que aproveitou a conquista dos meninos no sábado para animar as jogadoras em uma rápida reunião na noite do mesmo dia. "Eu aproveitei esse momento, que é de alegria para os meninos, e falei pra elas que a gente também sente isso. O mais importante que eu percebi [na partida da seleção masculina, contra a República Dominicana] foi o abraço dos jogadores antes do jogo. Uma coisa forte, uma coisa de equipe, uma união, mas não da boca para fora, o que para mim faz toda a diferença. E eu perguntei se elas haviam observado isso, porque eu vejo que elas estão iguais."

Em um elenco de jogadoras que passam por fases tão diferentes (as idades variam de 18 a 32 anos), o olhar não pode ser desviado do foco, que é a conquista da vaga olímpica, e Clarrisa e Chuca disseram, com certeza e alegria, que o grupo está bastante unido. Damiris (18 anos), a mais nova, teve sua primeira participação com a seleção principal na sexta-feira, e estava bastante nervosa. No final do compromisso, Chuca (32 anos) sentou ao lado dela no alongamento e a deu algumas palavras de consolo. "Por ser transmitido na televisão, nós achamos que temos a obrigação de fazer um bom jogo e mostrar porque viemos. Então, eu só falei para ela ficar tranquila e acreditar no potencial dela. Ela está aqui e vai contribuir muito bem, assim como as outras. Também disse que estamos prontas para ajudar, e acho que ela ficou muito feliz com isso", contou a veterana, durante uma conversa muito agradável no lounge do hotel em que a seleção está hospedada no interior de São Paulo. Na sexta-feira, quando as brasileiras perdiam no último quarto, ela entrou em quadra e acertou uma bola de três pontos, que ajudou na retomada da liderança do placar. "É trabalho. Eu acho que quando você trabalha e acredita, as coisas vão caminhando e dá tu do certo", foi o máximo que Patrícia Oliveira (sim, esse é o nome dela!) comentou sobre si quando sua atuação no primeiro dos amistosos foi mencionada.

A jogadora de maior destaque nos jogos foi a pivô Clarissa (24 anos, 1,87m), que marcou 24 pontos e pegou 11 rebotes no dia 9, e fez 13 e 11 dos mesmos fundamentos no domingo. "O que eu acho que trago de mais importante para a seleção é o mínimo que uma ótima atleta pode fazer, que é ter disposição de estar livre todos os dias executando nosso trabalho, o qual gostamos de fazer, e fazemos com alegria. E isso é o mesmo que todas as meninas aqui também trazem para o time", disse com humildade a provável dupla de Érika de Souza no garrafão verde e amarelo.

Um dos nomes mais importantes do Atlanta Dream, Érika está confirmada no grupo que vai disputar com outras 9 seleções um espaço em Londres. Diferente dela, Iziane pediu dispensa. Esse é seu último ano de contrato com a WNBA (ela joga no mesmo time que Érika), e ela quer continuar com a equipe da Geórgia na pós-temporada, para poder garantir que continua na liga norteamericana. (Se eu for falar DE VERDADE sobre esse assunto nesse post, o texto vai ficar grande demais. Fica para a próxima!)

Na tarde do domingo, Ênnio Vecchi acabou com a ansiedade das jogadoras (e dos torcedores, jornalistas...) ao liberar a lista das convocadas. Confira abaixo quem são elas:

SELEÇÃO BRASILEIRA FEMININA (fonte: CBB.com.br):
Nome - Posição - Idade - Altura – Clube – Naturalidade
Adriana Moisés Pinto - Armadora – 32 anos - 1,70m - Parma (Itália) – SP
Palmira Marçal – Ala/Armadora – 26 anos - 1,75m - Poty/A. Cometa Unimed Catanduva (SP) – PR
Patrícia de Oliveira Ferreira – Ala – 32 anos - 1,82m - Ourinhos Basquete (SP) – SP
Micaela Martins Jacintho – Ala - 31 - 1,80 Santo André/Semasa (SP) – RJ
Franciele Aparecida do Nascimento - Pivô - 23 anos - 1,92m - Hondarribia (Espanha) – PR
Silvia Cristina Gustavo Rocha Valente - Ala - 28 anos - 1,86m - Ourinhos Basquete (SP) – SP
Bárbara de Queiroz - Armadora - 25 anos - 1,80m - Unimed/Americana (SP) - SP
Damiris Dantas do Amaral - Pivô – 18 anos - 1,92m – Celta de Vigo (Espanha) – SP
Nádia Gomes Colhado - Pivô – 22 anos - 1,94m - Santo André/Semasa (SP) – PR
Clarissa Cristina dos Santos – Pivô – 23 anos - 1,87m - Unimed/Americana (SP) – RJ
Gilmara Justino - Pivô - 30 anos - 1,85m - Poty/Açucar Cometa Unimed Catanduva (SP) – SP
Erika Cristina de Souza - Pivô – 29 anos - 2,00m - Atlanta Dream (EUA) – RJ

Bethânia, Tássia (lesionada), Carina e Jaqueline foram os últimos cortes.

No próximo dia 16 (sexta-feira), Ênio Vecchi, sua equipe técnica e suas jogadoras viajam para o vizinho da América do Sul onde batalharão para conseguir o mesmo que Magnano, Tiago Splitter, Marcelinho e todos os meninos que representaram o Brasil em Mar del Plata. Elas levam consigo não somente a responsabilidade de garantir a presença na Europa em julho do ano que vem, mas também aquela de trazer a modalidade de volta ao espaço que um dia teve em terras tupiniquins.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E a última vaga dos playoffs vai para...

...o San Antonio Silver Stars, após uma partida definida pela experiência de Becky Hammon.

[Clique aqui para assistir alguns lances do jogo. via WNBA.com]

A veterana marcou 37 pontos, sendo que desses, 17 vieram de arremessos de 3 pontos e lances livres, e os outros vinte surgiram das bandejas acrobáticas que os espectadores estão acostumados a assistir há 13 temporadas.

O time a começar ganhando foi o San Antonio Silver Stars, que sofreu uma reação do Los Angeles Sparks algumas vezes, mas no período derradeiro não abriu espaço para que o esquadrão de Candace Parker pudesse marcar. O resultado final foi 82 a 65.

No post anterior, eu havia escrito que esse confronto poderia se tornar um campo de batalha. Não demorou muito para que Sophia Young recebesse uma cotovelada no nariz e saísse de quadra sangrando.

E ferida e sangrando é exatamente como se encontra a história do Los Angeles Sparks após essa eliminação, já que desde 1997, quando a liga e o time foram fundados, o time só não seguiu à pós-temporada em 1997, 1998 e 2007. Agora, 2011 também entra na lista negra dessa equipe que tem um legado tão forte na WNBA.

O San Antonio Silver Stars tem aparecido nos playoffs desde 2007, como um time da franquia do Texas. Enquanto teve base em Utah, jogou duas vezes (2001 e 2002) na segunda fase da liga, mas nunca foi campeão. Em 2008, fez a grande final, contra o Detroit Shock, mas perdeu a série de 5 jogos de 3-0. Nesse ano, mesmo enfrentando o Minnesota Lynx logo na primeira fase do tudo-ou-nada, é um forte concorrente a levar o anel para casa.

domingo, 28 de agosto de 2011

Campo de batalha em Los Angeles



Hoje (06/09), às 23h30, o San Antonio Silver Stars e o Los Angeles Sparks se enfrentam no Staples Center, na Califórnia. Esse é mais um dos grandes confrontos do Oeste, porém, nessa noite, existe uma disputa extra que vai fazer desse jogo um campo de batalha.

A conferência Leste já tem todos os seus competidores da segunda fase, os playoffs, definidos (1 - Indiana Fever, 2 - Connecticut Sun, 3- Atlanta Dream, 4 - New York Liberty). Já a sua irmã, a conferência Leste, está com apenas três deles garantidos (1 - Minnesota Lynx, 2 - Seattle Storm e 3 - Phoenix Mercury). O quarto lugar do lado esquerdo dos Estados Unidos é o San Antonio Silver Stars, que está uma posição à frente do Los Angeles Sparks.

O time texano começou a temporada com uma campanha 7-1 no mês inicial. O californiano, não foi tão bem, e ficou com 4-4 no mesmo período em que o Stars traçava sua melhor campanha desde a fundação da franquia. Até aí, tudo estava indo bem para a equipe de Becky Hammon, mas sua agenda começou a ficar mais difícil, e a equipe também perdeu Danielle Adams (novata e uma das maiores responsáveis pelas vitórias) devido a uma lesão no pé, então, da primeira posição, caíram para a quarta.

Já o Los Angeles Sparks, que ficou sem Candace Parker de junho à agosto, não está indo bem nessa temporada. Mesmo com o retorno da ex Lady Vol, elas não conseguiram arrecadar uma campanha positiva, porém ainda tem chance, ainda que baixa, de jogar nos playoffs desse ano.

Ambos se apresentam em quadra três vezes nessa semana, sendo que se enfrentam hoje. Para o San Antonio, basta vencer uma, que a vaga já está garantida. O Los Angeles não pode perder nenhuma, e ainda precisa torcer para que o seu rival direto fique zerado nesse final de temporada regular, o que é muito pouco provável.

Na lista de compromissos do técnico Dan Hughes estão o Washington Mystics e o Tulsa Shock, dois desclassificados desse ano. Levando em consideração o histórico dessas duas equipes (Tulsa chegou a bater recorde de derrotas seguidas em 2011), a vitória já é do Stars. No outro lado, Joe Bryant também tem um caminho de natureza morta, pois seus próximos adversários estão na mesma situação que os do rival de hoje. Tulsa e Chicago Sky vão ao Staples Center apenas para cumprir tabela, mas o time da cidade dos ventos é forte, apesar de já estar fora da competição.

Então, seguindo a lógica da temporada até agora, o San Antonio Silver Stars só não consegue continuar vivo nesse ano se o Los Angeles Sparks surpreender, e se pensarmos no elenco delas, isso não será difícil. Tina Thompson (campeã 4 vezes com o Houston Comets), Candace Parker (Novata do Ano e MVP em sua primeira participação na liga), DeLisa Milton-Jones (bi-campeã da WNBA) e Ticha Penicheiro (campeã com o Sacramento Monarchs) são alguns dos nomes mais fortes na história da liga. Porém, para que consigam tirar a quase garantia do time texano, precisam passar por Becky Hammon (que fez seu 5000º ponto no dia 30 de agosto), Sophia Young (alcançou seu 3000º ponto no dia 23 de agosto) e Ruth Riley (campeã com o Detroit Shock em 2006), jogadoras que completam uma equipe que finalmente encontrou uma maneira de jogar em conjunto, após anos turbulentos.

Nesse momento, o jogo está acontecendo, e teve emocionantes idas-e-vindas em seu primeiro quarto. O San Antonio começou ganhando, sofreu uma série de erros que colocou o dono da casa na frente, mas já recuperou a dianteira.

Acompanhe nesse link o confronto que tem os ingredientes perfeitos para se tornar inesquecível (inclusive Ticha Penicheiro marcando Becky Hammon, o que é uma pintura, e verdadeira aula de basquete).

A técnica com maior número de vitórias que foi diagnosticada com Alzheimer

Pat Summit começou a treinar as Lady Vols quando tinha apenas 22 anos. Hoje, em sua 37ª temporada na Universidade do Tennessee, coleciona 8 campeonatos da NCAA, colocou 31 jovens na WNBA, sendo que 12 delas foram primeiras escolhas de draft, e tem mais vitórias na carreira do que qualquer outro treinador homem da liga universitária norteamericana (sua campanha conta com 1037 triunfos e 196 derrotas. O Coach K atingiu a marca de 900 resultados positivos apenas em março desse ano).

Há algum tempo ela sentia mudanças em seu comportamento, e por isso foi até a Mayo Clinic, em Rochester (Minnesota) para fazer alguns exames. O resultado deles não foi nem um pouco agradável, e até hoje é difícil acreditar nele. Pat Summit, a mulher de ferro, foi diagnosticada com Mal de Alzheimer.

Ela fez o anuncio da doença através de uma carta aberta à universidade, na qual dizia que tanto sua vida profissional quanto a pessoal são um livro aberto, e por isso decidiu que contaria sobre a situação que se encontra. Além disso, adiantou que continua treinando as meninas enquanto for possível.

Sua personalidade forte foi confirmada quando disse que não queria que sentissem pena dela, atitude que ela garantiu que não terá para com si mesma.

Mas como sua carga precisa ser diminuída, a equipe técnica que a acompanha há mais de 10 anos já foi intimada a cobrir algumas de suas tarefas. Holly Warlick, Dean Lockwood e Mickie DeMoss dividirão as obrigações da cabeça do vitorioso time de basquete feminino da Universidade do Tennessee com mais frequência.

Esse é um dos melhores programas de basquete dos Estados Unidos, e dele saíram grandes nomes da WNBA como Candace Parker e Tamika Catchings. Kara Lawson, Shanna Crossley, Ashley Robinson , Shannon Bobbitt e Shyra Ely também foram pupilas de Summit, e mostraram total apoio à sua antiga comandante, confiando em seu caráter forte e personalidade que a determina como uma pessoa que não se permite ceder em qualquer situação.

À medida que o tempo passa, veremos Pat Summit cada vez menos em quadra ou na televisão, porém seu legado nunca acabará, pois foi ela, junto de outros poucos que creem no basquete feminino, que permitiram à modalidade chegar no patamar que está hoje, com ligas profissionais organizadas e campeonatos internacionais sérios, recheados de atletas de qualidade.

domingo, 7 de agosto de 2011

Para a alegria de todos e felicidade geral do time, ela diz ao povo que fica!

Desde 2001, Seattle Storm é sinônimo de Lauren Jackson


"Ela está assinando um contrato que a deixa próximo de provavelmente terminar sua carreira aqui", disse o técnico principal e gerente geral do Seattle Storm, Brian Agler, sobre o novo acordo de 3 anos de Lauren Jackson com o time.

Em 2001, há poucos dias de completar 20 anos, a jovem australiana recebeu um dos melhores presentes de sua vida: foi a primeira escolha do draft da WNBA, pelo Seattle Storm. Hoje, ela está na décima-primeira temporada com esse mesmo time, com o qual foi duas vezes campeã da liga (2004 e 2010) e três vezes MVP (2003, 2007 e 2010).

Ter renovado o compromisso de continuar na capital de Washington foi outra prova de amor da pivô à esse lugar, que em 2009 esperou quase até o final da temporada para anunciar que continuaria companheira de time de Sue Bird. "À medida que eu fui ficando mais velha, se tornou mais importante para mim ter aquele legado em uma cidade. Seattle definitivamente tem sido meu lar, em termos de crescer e estar na liga ano a ano. Estarei aqui até me aposentar."

Segundo ela, o ano que vem pode ser o último com a seleção australiana e então todo seu esforço será dedicado ao Seattle Storm. Portanto, pode-se esperar mais um título do esquadrão verde-vermelho-amarelo até 2014.

Quanto às finanças, no final de 2012 Lauren Jackson terá arrecadado US$105.500, e em 2013, US$107.500. Os grandões da NBA deveriam se envergonhar por travar a liga por causa de seus salários.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Jogadoras da semana



Toda semana a WNBA selecionada duas jogadoras como as melhores da semana, uma para cada conferência. Nessa segunda-feira, primeiro dia do mês de agosto, as escolhidas foram Angel McCoughtry (ATL) e Becky Hammon (SAS).

Ambas terminaram a semana levando seu time à uma campanha 2-1. O Atlanta Dream , penúltimo lugar do Leste, venceu o Tulsa Shock, em Oklahoma, o Los Angeles Sparks, em casa, e perdeu apenas para o Connecticut Sun, que está em segundo lugar dessa conferência.

O San Antonio Silver Stars experimentou a mesma trajetória ao vencer os dois primeiros jogos e perder o último. Na terça-feira pós All-Star Game derrotou o Washington Mystics, na capital norteamericana, então deixou para trás o rival Phoenix Mercury, na quinta-feira, no AT&T Center, e ainda como donas da casa, no domingo, perderam para o que tem a primeira colocação do Oeste, o Minnesota Lynx.

Dessas duas, apenas Becky Hammon se encontra na corrida pelo MVP, em sétimo lugar. Angel McCoughtry está em décimo-primeiro, e quase entrando na lista das 10 principais concorrentes a esse título.

sábado, 9 de julho de 2011

O infortúnio de Kristi Toliver

Cá entre nós, toda pessoa tem seu dia ruim. Na terça-feira (5), foi a vez de Kristi Toliver passar pelo momento que qualquer humano sabe que vai acontecer, mas nunca o espera. No calor de Phoenix, no Arizona, a marrenta armadora viu a direção de seu time mudar drasticamente por causa de uma falta sua.
Com 2:55 ainda a jogar no final do terceiro quarto, com uma atuação boa, e vantagem do Los Angeles Sparks, a jogadora que entrou na WNBA em 2009, deu uma cotovelada, acidentalmente, em Ketia Swanier, do Phoenix Mercury. Kristi ainda alegou que não havia cometido infração alguma, o que não adiantou. Diana Taurasi cobrou os lances livres, e não errou.

O basquete é um jogo de contato, que pode guardar surpresas desagradáveis para aqueles que o praticam, porém, contrariando Isaac Newton, nesse jogo houve uma reação bem maior do que a ação.

O choque do olho de Swanier com o cotovelo de Toliver durou milésimos, mas o sofrimento do Los Angeles perdurou pelos 2:55 restantes do terceiro quarto e os outros 10 minutos que faltavam para a conclusão do jogo. A vantagem do time californiano que chegou a ser de dez pontos foi substituída por quatorze pontos de diferença em favor do time da casa.

A pobre armadora causadora de toda a desgraça do Los Angles Sparks naquela noite não se conformou. Ela estava completamente fora de condições de estar em quadra, mas mesmo assim, Jennifer Gillom deixou-a lá. Outro lance, mais um erro. Bate-boca com Temeka Johnson. Substituição. Bola nas mãos denovo. Derrota.

No final da partida, o Phoenix Mercury havia alcançado mais uma vitória, com atuação espetacular de Diana Taurasi, que marcou 20 pontos e distribuiu 7 assistências. Já, Ketia Swanier, ganhou um olho roxo, e dois jogos descansando. Um deles já aconteceu, hoje, contra o Tulsa Shock, em Oklahoma, do qual o Mercury saiu vitorioso (86-78). O próximo é contra o mesmo time, no domingo (19h), na mesma quadra em que foi decretado seu repouso obrigatório.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O primeiro reconhecimento à Danielle Adams


Não há dúvida alguma de que a vigésima escolha do draft desse ano está servindo melhor do que a encomenda. Danielle Adams, atual vencedora do torneio feminino de basquete universitário, detentora do Most Outstanding Player, e jogadora do San Antonio Silver Stars chegou na liga profissional desacreditada por causa de seu físico avantajado.

Surpreendentemente, em seu terceiro jogo com o time texano alcançou a maior pontuação de sua carreira, e liderou todas as outras 20 que estiveram em quadra nesse dia. Além disso, ultrapassou a primeira escolha, Maya Moore, em pontos, rebotes, eficiência, mostra menos erros erros do que ela, mas faz mais faltas. Ela também é uma das protagonistas da campanha 7-2 do Stars nesse começo de temporada.




Sua posição no ranking das maiores pontuadoras dessa temporada é a décima-primeira no geral, e a primeira entre as novatas. Seu arremesso de 3 pontos é mortal. Livre, ou (bem) marcada, ela consegue acertar. Certa vez uma comentarista norteamericana disse:
- Isso é coisa que a Becky Hammon faz.
A propósito, Danielle Adams, Becky Hammon e Sophia Young, fazem do San Antonio Silver Stars o time com o maior número de jogadoras entre as 15 que mais marcaram nessa temporada, e a Novata do Mês, é a única "inexperiente" a entrar nessa categoria, que conta com Diana Taurasi, Penny Taylor, Tina Charles e Cappie Pondexter.

Por que ela não mereceria esse prêmio? Indo mais para frente ainda, por que ela não mereceria o prêmio de Novata do Ano?

Você acha que ela consegue tirar o prêmio que Maya Moore e Liz Cambage tinham praticamente em mãos? Deixe seu comentário aqui, e diga para quem vai sua torcida!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Farinha do mesmo saco




O resultado precoce apresentado pela WNBA em relação as jogadoras que farão os times titulares do All Star Game escancaram a verdade absoluta de que a Universidade de Connecticut e a seleção norte-americana dominam a simpatia dos torcedores da liga.

Tina Charles (CON), Sue Bird (SEA), Diana Taurasi (PHX), Maya Moore (MIN) e Swin Cash (SEA) foram pupilas do vitorioso Geno Auriemma, e todas estão escolhidas, até agora, para fazerem parte dos quintetos iniciais no dia 23 de julho. Dessas, apenas Tina Charles joga no leste.

As mesmas jogadoras já estiveram com a seleção dos Estados Unidos, assim como Tamika Catchings, Angel McCoughtry, Cappie Pondexter e Candace Parker. Ou seja, a única "ovelha negra" é Katie Douglas, que fez univerdade em Purdue, e não faz parte da equipe mais temida do mundo em campeonatos internacionais.

O Seattle Storm e o Indiana Fever são os times que mais têm jogadoras eleitas. Respectivamente, Sue Bird e Swim Cash, e Tamika Catchings e Katie Douglas. Cappie Pondexter, atualmente no New York Liberty, jogou no Phoenix Mercury antes de se mudar para a Big Apple, e foi companheira de estrada de Diana Taurasi.

Outro elo em nível universitário é entre Tamika Catchings e Candace Parker, que representaram a Universidade do Tennessee. Amabas foram treinadas pela espetacular Pat Summit.

A lealdade com suas origens, o patriotismo e o bairrismo são muito fortes nos Estados Unidos, o que leva determinadas instituições a terem mais representatividade em eventos cujos resultados são determinados pelo público. Jogadoras que não fizeram parte de universidades reconhecidas em larga escala tendem a ter menos atenção do público e serem ultrapassadas por aquelas que, mesmo tendo um desempenho menor na temporada, frequentaram equipes badaladas durante a carreira, como é o caso de Becky Hammon, mas... isso é assunto para o próximo post sobre o All Star Game!

E você? A qual universidade norte-americana você se apegou?

O resultado oficial ainda NÃO saiu! Esse que temos é apenas um olhar adiantado sobre como está a votação! Faltam 6 dias para o encerramento dela.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Se o All Star Game fosse hoje...

Faltam 7 dias até o final da votação para as titulares do All Star Game dessa temporada. No dia 30 de junho, a WNBA liberou o balanço da situação das jogadoras candidatas até o momento. Quem lidera a disputa é Tamika Catchings (IND), com 19.943 pontos, seguida de Sue Bird, com 15.203 pontos. Candace Parker e Lauren Jackson são as duas primeira colocadas para a posição de pivô do oeste, porém não podem participar do evento devido a lesões, então Taj McWilliams-Franklin (MIN) entra no lugar delas, por ser a terceira mais votada para essa vaga em sua conferência.

Olhe como está a escalação dos quintetos principais para o dia 23 de julho:

Pela conferência leste:

Alas - Tamika Catchings - 19.943 votos (IND) Angel McCoughtry 8.912 votos (ATL)

Armadoras: Cappie Pondexter - 11.859 votos (NYL) e Katie Douglas - 11.217 votos (IND)


Pivô - Tina Charler - 9.837 (CON)












Pela conferência oeste:

Armadoras - Sue Bird - 15.203 (SEA) e Diana Taurasi - 13.371 (PHX)


Alas - Maya Moore - 12.762 votos (MIN) e Swin Cash - 8.797 (SEA)


Pivô - Candace Parker* - 12.626 (LAS)















A brasileira Iziane Castro Marques está em oitavo lugar na votação de armadoras de sua conferência, com 2.699 pontos. Érika de Souza não está nem entre as cinco pivôs mais votadas do leste.

Na opção de inscrever alguma jogadora, Danielle Adams (SAS) é a mais escolhida. Ela é o único nome do San Antonio Silver Stars que se destaca até agora, já que Becky Hammon (9.204 votos) está atrás de Diana Taurasi para armadora do oeste, porém, ela tem vaga garantida como reserva, caso não consiga mais votos.

O All Star Game será no dia 23 de julho, às 16h30 (horário de Brasília), no AT&T Center, em San Antonio (TX), casa do San Antonio Silver Stars, e até lá eu trarei posts especiais sobre o evento para vocês!

*Candace Parker será substituida por causa do afastamendo devido a lesão, porém seu nome continuará constando como titular do time do oeste.