sábado, 26 de novembro de 2011

Loteria do Draft ignora as probabilidades e Los Angeles Sparks fica com a primeira escolha mais uma vez

Lisa Leslie, ex jogadora do Los Angeles Sparks, tem a primeira oportunidade de participar do draft como dona de uma franquia, ainda a favor do time no qual consagrou sua carreira

Em abril de 2012 os primeiros times a escolher as futuras estrelas da WNBA serão o Los Angeles Sparks, o Chicago Sky, o Minnesota Lynx e o Tulsa Shock, respectivamente, de acordo com o sorteio que aconteceu no dia 10 de novembro. Se você acompanha a liga há algum tempo, provavelmente acha que acabou de ter um déjà vu. Mas pode ficar tranquilo porque um estudo psicológico não será necessário para isso. Acontece que é a mesma ordem do draft de 2008, quando Candace Parker, Sylvia Fowles e Candice Wiggins ouviram seus nomes sendo chamados pela ex-presidente Donna Orender para fazerem parte de um time profissional da liga de basquete feminino mais badalada do mundo.

O que é interessante observar nessa ordem? Bom, o Los Angeles Sparks realmente passa por uma fase ruim (chegou até a ficar fora dos playoffs da última temporada) e precisa de mais uma número 1 (a terceira da franquia, e que não se machuque tanto quanto Candace Parker) para trazer consistência à equipe. Nos últimos jogos desse ano, o time até conseguiu encontrar um caminho para a remissão, mas foi derrotado pelo San Antonio Silver Stars (que foi tão inconstante quanto) justamente no jogo que decidiria qual dos dois morreria na praia ou iria para os playoffs.

Falando em morrer na praia, o Chicago Sky, dono da segunda escolha (assim como em 2008, quando trouxe Sylvia Fowles), precisa encontrar o ritmo de verdade para finalmente chegar aos playoffs. A equipe nunca alcançou uma pós-temporada na história, e essa é uma oportunidade que não pode passar batida, principalmente para ajustar as laterais. A equipe é relativamente boa, mas precisa de um elo mais forte entre a armação e o fundo de quadra.

Quanto ao dono da terceira escolha, o Minnesota Lynx... o Washington Mystics deve estar se remoendo até agora, já que essa vaga veio a partir de uma troca com ele. Se tem um time que não precisa dela é o Lynx. A franquia passa pela melhor fase de todos os tempos, acabou de conseguir um título e tem um elenco super talentoso (com três números 1, a propósito - Seimone Augustus, Lindsey Harding e Maya Moore). Essa oportunidade será ótima para conseguir uma futura substituta para Taj McWilliams-Franklin, pivô veteraníssima, que está em plena forma, mas já atingiu os 40 anos. Alguma hora vai ter que parar, né!?

Para terminar o TOP4, Tulsa Shock, o que tinha a maior probabilidade de ficar com a primeira escolha, terminou em quarto lugar. O elenco dessa equipe tem nomes como Elizabeth Cambage e Sheryl Swoopes, mas teve duas temporadas horríveis. Não ter conseguido a primeira escolha prejudicou bastante a franquia. Pelo menos está em uma boa posição para tentar remontar o time para 2012.

Como foi dito, o Shock era a equipe que tinha mais chances de ficar com a primeira escolha, e acabou sendo o último escolhido. O Sparks, que tinha menos oportunidades, foi o primeiro, e o resto segue a mesma linha: Sky (2) tinha 178 em 1500, e o Lynx (3) 276 em 1500 chances. Assim, o Los Angeles se torna o segundo time nessa situação contraditória a conseguir o topo do draft. O outro foi o Phoenix Mercury, em 2007.

O resto da tabela (primeira rodada, da quinta até a décima-segunda escolha) segue com San Antonio Silver Stars, Phoenix Mercury, New York Liberty, Washington Mystics, Connecticut Sun, Washington Mystics Indiana Fever e Minnesota Lynx.

Brian Agler renova com o Storm

O técnico Brian Agler garantiu que fica com o Seattle Storm até 2015. A novidade veio bem cedo, quase na metade da offseason, e é surpreendente porque ele tinha no contrato mais um ano com o time. No entanto, a permanência na cidade chuvosa é bastante compreensível.

Agler chegou lá em 2008, e desde então conseguiu passagem todos os anos para os playoffs, sendo que em 2010 terminou campeão da WNBA e foi eleito o melhor em seu cargo na temporada. Na carreira como técnico do Seattle, tem campanha de 91 vitórias e 45 derrotas, que é um recorde na liga para esse tempo de mandato. Além disso, no dia 11 de setembro do ano em que estamos ele alcançou sua 211º vitória, e se tornou o técnico com o maior número de vitórias na história do basquete feminino profissional.

Sob seu comando estão Lauren Jackson (que também renovou contrato com o Storm ainda durante a temporada regular) e Sue Bird, jogadoras leais ao Seattle Storm, cuja torcida é de fazer tremer qualquer time que chega à KeyArena para enfrentar as donas da casa.

Acredito que esse time de muita qualidade vai conseguir mais um título entre o próximo ano e 2014 (pelo menos, que é quando o contrato da australiana expira). Concorda comigo? Dá o pitaco aí nos comentários!