quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Hoje à noite: retorno de Lauren Jackson e decisão do segundo lugar do Oeste entre Sparks e Silver Stars

Sophia Young (San Antonio - 12 jogos sem perder) e Candace Parker (Sparks - 8 jogos sem perder) são grandes armar para manter seus times na série de vitórias consecutivas

Três partidas acontecem na noite de hoje: New York Liberty x Phoenix Mercury, Seattle Storm x Indiana Fever e Los Angeles Sparks x San Antonio Silver Stars. A primeira (às 23h) não é muito empolgante porque nenhuma dessas equipes passa por uma boa fase. O Liberty está no quarto lugar do Leste, com 8 vitórias e 13 derrotas. O Mercury (coitado!) tem 4 vitórias e 17 derrotas, na quinta posição do Oeste, e sofre com a ausência do seu big three (espera-se que Diana Taurasi volte hoje, mas a jogadora tem postergado seu retorno desde antes do intervalo olímpico).

Por outro lado, o confronto na cidade de Bill Gates (também às 23h) será interessante porque, pela primeira vez no ano, o Seattle Storm terá seu time sem o principal desfalque. Lauren Jackson estará em quadra depois do período em que se dedicou completamente à seleção australiana (preparação, Londres 2012 e celebrações em seu país natal). O recomeço da atleta será tanto quanto um desafio: derrotar o Indiana Fever com sua equipe completa desde o início do ano, e com campanha de 12 vitórias e 8 derrotas.

O duelo que mais chama a atenção, o que tem mais decisões em jogos, no entanto, acontece às 23h30. Lá no Staples Center (Califórnia), o San Antonio e o Los Angeles têm duas coisas em comum para brigar: uma delas é manter a sequência de jogos sem perder. As visitantes não experimentam a derrota há 12 jogos, e as donas de casa há 8. A outra é assegurar o segundo lugar da conferência. Caso Carol Ross (LA) consiga burlar o esquema tático de Dan Hughes (SA), a campanha de seu time apresentaria 18 vitórias e 6 derrotas, o que significa passar o adversário de hoje na tabela, que cairia para o terceiro lugar com 16 vitórias e 6 derrotas. Porém, isso não será tarefa fácil para o Sparks. Nessa temporada, esse confronto entre as texanas e as californianas já aconteceu quatro vezes, sendo que todas terminaram com o placar favorável à Becky Hammon e suas companheiras. Ambas as equipes estão entre as favoritas do Oeste, e apesar de tudo pender para o lado do San Antonio Silver Stars (entenda aqui o por quê), eu realmente espero um jogo decidido nos últimos 4 minutos.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Coluna "Vestiário Feminino" no Spurs Brasil

Não sei quantos dos leitores desse blog sabem, mas eu também tenho uma coluna no ótimo Spurs Brasil, o principal blog de informações sobre o San Antonio Spurs no Brasil. Nela, eu escrevo sobre o San Antonio Silver Stars, por isso o nome "Vestiário Feminino". Essa já é a segunda temporada que tenho esse espaço todo domingo, e vou passar a publicar as edições aqui no blog também.

Uma coisa, porém, quero deixar claro: minhas análises sobre o San Antonio Silver Stars são imparciais. Critico quando tenho que criticar, e elogio quando é preciso elogiar. Não há opinião de torcedora, mas de jornalista.

Hoje, posto aqui a edição do último domingo, cujo título é "Onze vitórias consecutivas é o que tem pra hoje". Aproveitem uma dissecação da corrida de... onze vitórias consecutivas do time texano, que ontem (21/08) alcançou a décima-segunda ao derrotar o Washington Mystics. Além disso, você também confere rápidos comentários sobre a seleção masculina da Espanha e a feminina do Brasil (uma crítica à CBB) na Olimpíada de Londres.

Link da origem: http://goo.gl/yjf2Y



Acabou! As Olimpíadas chegaram ao fim (para a nossa tristeza) e a temporada de 2012 da WNBA teve início novamente na quinta-feira (16). Desde então, o San Antonio Silver Stars já jogou duas vezes e em ambas as ocasiões foi vitorioso. Mas antes de falar sobre o recomeço pós-Londres, vamos a uma rápida olhada no que aconteceu enquanto as seleções se encontravam na Grã-Bretanha.

A competição do basquete feminino terminou com os Estados Unidos com a medalha de ouro (óbvio), a França com a de prata (surpresa) e a Austrália com a de bronze (isso porque elas não fizeram a mesma coisa que a Espanha no masculino, e ficaram com o segundo lugar do grupo B mesmo sabendo que enfrentariam as norte-americanas antes da final). Como representante do San Antonio Silver Stars, apenas Becky Hammon (além de mim, só que com a galera) esteve em quadra, defendendo a Rússia, que parou diante da Austrália na disputa pelo terceiro lugar. Sobre o Brasil, nosso país parou na primeira fase e precisou ganhar das donas de casa para não entrar no quadro das seleções que saíram de uma Olimpíada sem vitórias. De verdade? Não havia muito que se esperar do time, mas o resultado foi pior do que imaginávamos e a CBB continua com olhos e ouvidos fechados, e com uma diretora de seleções femininas com a boca muito aberta. De acordo com alguns provérbios, a sabedoria passa longe dali.

Enquanto o Brasil passa por apertos na modalidade, o San Antonio Silver Stars continua sua surpreendente campanha na WNBA, mesmo depois de um mês sem jogar uma partida oficial (as garotas que não foram para Londres tiveram a oportunidade de ficar treinando, outras aproveitaram para viajar a rever familiares, como Tully Bevilaqua). Como foi adiantado no início da edição deste domingo, foram dois jogos com duas vitórias.

Vou refrescar a memória de alguns de vocês. Antes do intervalo olímpico, o San Antonio tinha uma corrida de nove vitórias seguidas. Agora, são onze. Os dois últimos adversários, Phoenix Mercury e Tulsa Shock, não estão em boas condições no Oeste (penúltimo e último lugar, respectivamente). Contra o Shock, na quinta-feira, em determinado momento a vitória quase escapou das mãos de Becky Hammon e suas companheiras de equipe, mas realmente contra Tulsa não dá para ficar preocupado. Por mais que haja uma ameaça, ela é momentânea, e no final das contas dá para brincar um pouco (89 a 79 foi o placar final).

Contra o Phoenix Mercury, outra vitória, o caso foi meio diferente. Já parafraseei Chico Buarque em relação à seleção sub-17 de basquete feminino, e vou faze-lo novamente em nome de Corey Gaines, para o Mercury: “meu caro amigo, (…) a coisa aqui tá preta”. Tudo bem que a Diana Taurasi está com dor de dente, Candice Dupree está se recuperando de uma cirurgia e a Penny Taylor passa pela mesma situação, mas deixar seu rival abrir 42 pontos (isso mesmo, quarenta e dois) de diferença não é normal. Pelo menos não para o Phoenix Mercury. Há uma novata lá, a Sammy Prahalis, que é muito boa, há a Charde Houston (média de 13,2 pontos por jogo), Alexis Hornbuckle, Nakia Sanford, e principalmente DeWanna Bonner. Esse time aí foi tão fraco hoje, e o San Antonio fez um trabalho tão organizado que o placar ficou horrível: 89 a 47. Não é qualquer equipe. É o Phoenix Mercury, bicampeão da WNBA, o “Mighty Mercury”. É muito triste ver o que acontece com essa franquia tão bem reconhecida na liga (a campanha é praticamente a mesma que a do Tulsa, só que elas têm um jogo a mais).

Se deixarmos um pouco o lado fraco desses times e olharmos os lances mais disputados, os pontos positivos do San Antonio Silver Stars nessa temporada, que têm sido as chaves das vitórias são as reservas (Danielle Adams, Jia Perkins, Tully Bevilaqua, Shenise Johnson e Tangela Smith. A única que eu deixo de fora da lista é Ziomara Morrison, que ainda não pegou o ritmo, mas eu não a culpo. Ela vem de um país onde o basquete também não é forte: Chile), a rotação e a defesa. É incrível como Dan Hughes conseguiu juntar as peças e colocar o melhor de cada jogadora em quadra. Hoje, 50% dos arremessos de três pontos foram certeiros (seis jogadoras marcaram assim: Hammon, Christon, Adams, Perkins, Smith e Johnson).

Por hoje, é isso. Como tem sido dito por aí, onze vitórias consecutivas é o que tem pra hoje. E quantos times não gostariam de ter o mesmo?

Até a semana que vem, quando o San Antonio Silver Stars provavelmente terá campanha 18-5 após enfrentar o Washington Mystics (vitória), o Los Angeles Sparks (vai ser difícil, mas já foram três vitórias largas contra elas) e o Tulsa Shock (se não ganhar, é porque não estava afim). E enquanto o domingo não chega, vocês podem acompanhar o que acontece na WNBA através do meu Twitter, @BetaOsraReed.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O que esperar da segunda metade da temporada de 2012? - Parte 2


(continuação do post anterior)
"Diante de tantas performances marcantes, o que deve-se esperar da segunda metade da WNBA? Fome de título."

O retorno de nomes importantes para as equipes vai marcar a próxima semana da WNBA. O Atlanta Dream espera ansiosamente por Érika, como mostra o banner na entrada do site da equipe. O Seattle Storm receberá novamente Lauren Jackson, e o Phoenix Mercury tem sua principal jogadora recuperada

Há o retorno de Diana Taurasi para o Phoenix Mercury após um tempo afastada devido a lesão. Sua atuação olímpica foi excelente, o tempo parada com o propósito de se guardar para Londres foi muito conveniente, e ter se tornado uma das maiores medalhistas na história do basquete feminino norte-americano certamente é combustível para a ala-armadora. Taurasi é o tipo de atleta que nunca está satisfeita e quanto mais ganha, mais acredita que precisa melhorar. Com três ouros em Olimpíadas, ouro em Mundial, duas conquistas da WNBA e um MVP (isso na carreira profissional, sem contar com a universitária), tirar o Phoenix da vice-lanterna da conferência Oeste com campanha de 4 vitórias e 15 derrotas será um ato heroico que a renderá uma estatua presente até nos jogos do Suns. Eu acredito que dessa vez o Mercury ficará de fora dos playoffs. É muito atraso para se recuperar em pouco tempo, sendo que as equipes completas do Oeste já vinham fazendo um ótimo trabalho antes da Olimpíada (destaque para o Minnesota Lynx - obvio, o San Antonio Silver Stars e o Los Angeles Sparks), e as garotas do Arizona estarão sem Candice Dupree (só volta na primeira semana de setembro) e Penny Taylor.

Em contrapartida, a alegria do Seattle Storm será completa quando a sensacional dupla Sue Bird e Lauren Jackson voltar a vestir, junta, o uniforme verde da cidade chuvosa. A australiana ficou a primeira metade do ano com a seleção de seu país a fim de se aperfeiçoar para os jogos de Londres. O resultado não foi o esperado, mas a pivô mostrou que está saudável e seu jogo bem alinhado com as expectativas para o seu nível (quem viu sua movimentação embaixo da cesta e as bolas de 3 pontos? Incríveis!). O time também está em situação não tão confortável, mas dá para alcançar a vaga nos playoffs (e é nessa hora que o resto do Oeste precisa ficar MUITO preocupado).

O Atlanta Dream está tão desesperado pela Érika que quando acessamos o site oficial do time a primeira coisa que aparece é um banner com uma foto da jogadora ao lado de um enorme “Welcome back, Érika!” (“seja bem-vinda, Érika!”). Com o terceiro lugar do Leste, vai ser simples desbancar o Connecticut Sun, que não tem o elenco necessário para bater Angel McCoughtry e a brasileira juntas (estou falando do Connecticut Sun e da temporada regular), nem a maioria dos times completos. A grande dificuldade da equipe em subir na classificação será a campanha. São 9 vitórias e 10 derrotas, contra 14 vitórias e 4 derrotas do Sun. O Indiana Fever certamente vai manter regularidade e conquistar o primeiro lugar, já que a equipe segue completa desde o começo da temporada. A propósito, aposto no Fever na final da WNBA neste ano.

Amanhã (16/08 - quinta-feira) será o retorno da temporada de 2012 da WNBA. Quais são suas expectativas? Deixe um comentário, ou converse comigo no Twitter (@BetaOsraReed)!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O que esperar da segunda metade da temporada de 2012? - Parte 1

Depois de um tempo afastada do blog para organizar a vida, que passou por algumas mudanças radicais, resolvi usar o retorno da temporada de 2012 para voltar a postar aqui nesse espaço que tanto prezo. Dividi esse post em três partes porque o texto ficou bem longo. Então, entre hoje (14/08) e quinta-feira (18/08) você pode ficar por dentro do que aconteceu e o que deve acontecer na WNBA.

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Liz Cambage (Austrália/Tulsa Shock - WNBA) surpreendeu o mundo ao se tornar a primeira mulher a enterra em uma competição olímpica. No Twitter, foi criada a hashtag #slambage em sua homenagem

Na quinta-feira a WNBA terá suas ações retomadas após o intervalo olímpico. O evento em Londres terminou com 12 jogadoras da liga norte-americana com medalha de ouro (EUA), nenhuma com prata (França) e duas com bronze (Austrália). Das 12 que receberam o ouro, três o fizeram pela terceira vez (Diana Taurasi, Sue Bird e Tamika Catchings), seis já conquistaram o anel de campeãs da WNBA (Taurasi, Bird, Seimone Augustus, Lindsay Whalen, Maya Moore, Swin Cash) e sete já foram novatas do ano. Isso tudo sem contar com a quantidade de títulos universitários em jogo, que só da parte do técnico, Geno Auriemma, já são sete (sendo que alguns deles foram com jogadoras de seu elenco olímpico, como Maya Moore e Swin Cash).

Além do time dos Estados Unidos, a Austrália também deixou uma dose de adrenalina para quem acompanha a modalidade. Liz Cambage, do Tulsa Shock, foi a protagonista da primeira enterrada feminina na história das Olimpíadas. A garota de apenas 20 anos chamou a atenção do mundo inteiro no jogo contra a Rússia ainda na fase de grupos e mostrou que sua carreira no basquete mundial será surpreendente, como já esperávamos. A experiente Lauren Jackson, do Seattle Storm, também não ficou de fora do hall de jogadoras que marcaram a história e se tornou a maior pontuadora da competição, durante o confronto contra a China nas quartas-de-final, quando deixou para trás a brasileira Janeth Arcain (535 pontos) .

As outras duas jogadoras da WNBA que participaram da Olimpíada de Londres podem não ter saído com medalha, mas uma delas, Becky Hammon (Rússia – e ainda é estranho escrever isso), ficou em quarto lugar ao perder para a Austrália na disputa pelo bronze, e a outra, Érika de Souza (Brasil) foi a melhor pontuadora, com média de 16,2 pontos por partida (81 em 5 jogos), um empate com a dona de casa Johannah Leedham. Em números brutos, no entanto, Lauren Jackson foi a que mais marcou (127 pontos).

Diante de tantas performances marcantes, o que deve-se esperar da segunda metade da WNBA? Fome de título.

Entenda o por quê amanhã, aqui no blog. Enquanto isso, deixe um comentário falando sobre o que você espera ver na WNBA a partir de agora!