sexta-feira, 24 de maio de 2013

O que esperar da temporada que começa hoje?

(alguns dos trechos foram tirados da minha coluna Vestiário Feminino, no Spurs Brasil, principal blog brasileira sobre o San Antonio Spurs)

Hoje, às 21h, o atual campeão da WNBA, Indiana Fever, enfrenta o San Antonio Silver Stars na primeira partida oficial da liga em 2013. Esse ano, diferente do que vinha acontecendo há alguns na competição, há muita expectativa para coisas novas e viradas de times que se deram muito mal no ano passadou ou já há algum tempo. Por exemplo?

1 - Phoenix Mercury, o grande favorito

Em 2012, o Phoenix Mercury passou por uma fase muito ruim. Sem suas principais jogadoras - Diana Taurasi, Penny Taylor e Candice Dupree - a equipe amargou a última colocação na conferência Oeste, atrás até mesmo do Tulsa Shock, com uma campanha que só não foi pior do que a do Washington Mystics. Por conta disso, foi premiado com uma posição privilegiada no draft e literalmente ganhou na loteria: adquiriu Brittney Griner. Agora, em 2013, Corey Gaines tem todos os ventos a seu favor para a redenção: o elenco está completo (e por completo, entenda Taurasi, Taylor, Dupree, Bonner e Griner.

2 - New York Liberty, ou Detroit Shock madeover

Bill Laimbeer, aquele da época dos bad boys do Detroit Pistons, voltou à WNBA nessa temporada. À frente do New Liberty, o head coach já mexeu os pauzinhos e deixou a formação da equipe um tanto quanto familiar: Kara Braxton, Cheryl Ford, Plenette Pierson e Katie Smith já estiveram sob o comando do técnico da equipe que foi tricampeã da liga. Para completar a semelhança com o elenco da antiga franquia, Taj McWilliams-Franklin estreia como assistente. Junto a todos esses nomes, encontram-se Cappie Pondexter, Leilani Mitchell (jamais esquecer do crossover da Becky Hammon que a deixou sentada no Madison Square Garden) em quadra, e Teresa Weatherspoon também como assistente. Ou seja, o New York Liberty, apesar de estar com jogadoras mais velhas, é um forte concorrente ao título da Conferência Leste. Vai dar trabalho, e, no mínimo, vai ser muito interessante de se assistir.

3 - Three to see, as novatas que prometem trazer uma nova vida à WNBA

Elena Delle Donne, Bittney Griner e Skylar Diggins

Brittney Griner, Elena Delle Donne e Skylar Diggins. Esses nomes são conhecidos há algum tempo, mas só chegaram à liga profissional neste ano.

A primeira causa frisson entre os entusiastas do basquete desde o ensino médio devido à sua incrível habilidade de enterrar. Não qualquer enterrada com um pulo mais alto e uma das mãos alcançando o aro (como já aconteceu com Lisa Leslie, Candace Parker e Liz Cambage – e até mesmo a baixinha Deanna Nolan), mas um impulso incrível a ponto de se pendurar no aro com as duas mãos, ficar por lá com os joelhos flexionados e depois saltar para o chão com a maior empolgação do mundo. O resultado de sua fama foi ser a primeira escolha do Draft, por um Phoenix Mercury que se arrastou no ano passado sem as suas principais jogadoras e experimentou a ausência dos playoffs.

Elena Delle Donne foi polêmica. Escolhida para o programa da Universidade de Connecticut (quem acompanha sabe que isso não é pouca coisa), decidiu voltar para sua cidade, no estado de Delaware, antes mesmo de sua temporada como rookie (novata) na NCAA começar. O motivo? A família. A jovem gigante não conseguiu ficar longe por muito tempo, principalmente de sua irmã, Lizzie, que nasceu com diversas síndromes (alguns acreditam que isso pode ter sido consequência da participação de seu pai na Guerra do Vietnã e das armas químicas usadas pelos norte-americanos por lá). No retorno à sua terra natal, Elena começou a jogar vôlei, mas acabou entrando na equipe de basquete da Universidade de Delaware, que, bem diferente da “UConn”, não tem tradição alguma na competição universitária. Seu talento, no entanto, levou as Blue Hens às primeiras aparições nas fases nacionais da NCAA (qualquer semelhança com a heroína do San Antonio Silver Stars, Becky Hammon, é mera coincidência). A coroação da pivô com habilidades de armadora foi no Draft, sendo a segunda escolha no geral, pelo Chicago Sky (apesar de todos os esforços, o time nunca foi aos playoffs da WNBA).

Skylar Diggins é sinônimo de beleza e popularidade – ela é a atleta universitária que mais tem seguidores no Twitter. Porém, por trás do rostinho bonito (o blogueiro Lucas Pastore, que vocês conhecem, que o diga) está a armadora que liderou a tradicional Universidade de Notre Dame durante quatro anos em excepcionais campanhas na NCAA. Escolhida em terceiro lugar pelo Tulsa Shock, Diggins tem em mãos o desafio de dar alguma vida a essa equipe que até agora é o coringa da WNBA.

(continua)

Nenhum comentário:

Postar um comentário