segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Especial Conferência Leste - Connecticut Sun

Com o fim da temporada regular da WNBA, é hora de saber o que aconteceu, o que foi bom, o que foi ruim e o que esperar dos playoffs. Meu grande e velho amigo Bruno Pisciotti gentilmente concordou em contribuir para esse blog com uma análise especial da conferência Leste. Dê uma passada neste blog todos os dias, até a sexta-feira, para conhecer melhor os times do lado direito dos Estados Unidos.

Sobre o colaborador, o conheço desde o dia seguinte ao da participação de Becky Hammon no Haier Shooting Stars do All Star Game da NBA de 2008. Desta data em diante, compartilhamos (meio que exageramente) nossa admiração pela WNBA, suas jogadoras e coisas nerds. Dos participantes do fórum WNBA Brasil (hoje, um grupo ativo no Facebook), somos uns dos poucos membros que permanecem desde sua fundação.

O raio-x começa com o Connecticut Sun, o primeiro lugar da conferência Leste em 2012, e que tem o New York Liberty pela frente na semifinal.

Aproveite!

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Especial Conferência Leste
por Bruno Pisciotti
Em suas próprias palavras, brasileiro na certidão, mas com sangue italiano e coração canadense. Aponta seus olhos (e ironias) para a WNBA desde 2007.


Connecticut Sun

Campanha final: 25-9 (Primeiro lugar na conferência. Classificado para os playoffs)
73,5% de aproveitamento
Técnico: Mike Thibault
Destaque: Tina Charles
Melhor sequência: Cinco vitórias consecutivas
Pior sequência: Não teve






O que foi bom:
- Tina Charles: de longe, a melhor jogadora da equipe. Quinta melhor cestinha da temporada (18 pontos por jogo) e melhor reboteira da liga (10,5 rebotes por jogo), Charles evolui a cada ano. Neste, apenas em duas ocasiões ficou sem pontuar em dígitos duplos. Potencial candidata a MVP, precisa apenas ser mais consistente quando enfrenta garrafões com duelos físicos fortes.

- Mike Thibault: primeiro e único comandante da história da franquia, o veterano Thibault continua fazendo trabalhos sólidos no comando do Sun. Conhecido por trabalhar muito bem com  jogadoras jovens, conseguiu desenvolver a ala-armadora Allison Hightower, que em seu terceiro ano na liga parecia não ter grandes perspectivas para o futuro. Além disso, confiou o posto de armadora titular à experiente Kara Lawson, que conseguiu os melhores números de sua carreira.

Clássica. Mike Thibault com a gigante Margo Dydek

- Kara Lawson: como mencionado acima, foi uma surpresa positiva. Aos 31 anos e em sua décima temporada, Lawson atingiu os melhores números da carreira em pontos (14,9 por jogo) e assistências (4,1 por jogo). Também foi responsável por uma boa ação, doando 50 dólares à fundação Pat Summitt (sua antiga treinadora na Universidade de Tennessee, que se aposentou recentemente após ser diagnosticada com Mal de Alzheimer ) para cada cesta de 3 pontos que acertasse na temporada.

- Aniversário da franquia: desde 2003 na WNBA, o Connecticut Sun é a oitava franquia mais velha da liga, com 10 temporadas de vida. Se classificou para os playoffs em oito temporadas e chegou às finais em duas delas, tendo perdido em ambas as ocasiões.

O que foi ruim:
- Campanha em casa: após perder apenas dois jogos na Mohegan Sun Arena em 2011,o time perdeu cinco de suas nove partidas em seus domínios, com direito a surras sofridas contra equipes de campanha inferior, como o Phoenix Mercury e o Chicago Sky.

- A ausência de Asjha Jones: jogadora com mais tempo no time, Jones sofreu com uma lesão no tendão de Aquiles, o que resultou em sua ausência em 14 jogos. A ala-pivô voltou recentemente, mas precisa recuperar a forma física para ajudar Charles no garrafão.

Asjha Jones*

Expectativa para os playoffs:
Boa. A equipe passou pela temporada regular sem sustos. De lesões graves, apenas a de Jones, que já retornou. Em nenhuma ocasião o Sun emendou uma sequência de derrotas. A necessidade agora é de espantar fantasmas do passado, como a traumática eliminação para o Indiana Fever em 2007, quando o time liderava por 22 pontos e saiu derrotado, entrando para o Guinness Book de forma negativa. Se juntar a regularidade da temporada à boa aparição de todas as principais jogadoras nos momentos decisivos, o Sun tem grandes chances de voltar às finais depois de sete anos. O primeiro título seria o maior presente de 10 temporadas para a torcida apaixonada.

*Imagem de Jason Neely. Pode ser visualizada em: http://www.flickr.com/photos/jdneely/7363773000/in/photostream

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