sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Estados Unidos faz tour europeu como preparação para as Olimpíadas

A assistente técnica Jennifer Gillom e as atletas da seleção dos Estados Unidos. FOTO: USA Basketball Photos

Geno Auriemma e algumas jogadoras já estão em Nápoles, na Itália, onde começam uma série de amistosos contra clubes, como parte da preparação para as Olimpíadas do ano que vem. A maioria das meninas que estão lá jogam na WNBA, como Swim Cash (Seattle Storm), Tina Charles (Connecticut Sun), Asjha Jones (Conneticut Sun), Renee Montgomery (Connecticut Sun), Cappie Pondexter (New York Liberty), Sophia Young (San Antonio Silver Stars), Danielle Robinson (San Antonio Silver Stars). Diana Taurasi (Phoenix Mercury - a atleta tem raízes italianas) e Candice Dupree (Phoenix Mercury) deveriam chegar ao final dessa semana.

A universitária Brittney Griner (Baylor University) também está com a equipe. Ela estuda na mesma universidade que Sophia Young se formou, e enquanto estava no ensino médio ficou conhecida por enterrar facilmente.

Algumas atletas como Sue Bird e Candace Parker não participam porque estão lesionadas. Outras, como Maya Moore, Lindsay Whalen, Seimone Augustus, Rebekka Brunson, Candice Wiggins (todas do Minnesota Lynx) e Angel McCoughtry (Atlanta Dream), estarão ausentes porque participam da final da WNBA. A técnica Marynell Meadors (Atlanta Dream), que é assistente de Geno Auriemma na seleção, também não viaja ao Velho Continente.

Dois dos jogos acontecem hoje e amanhã, na cidade onde o time está treinando. No dia 5 de outubro, o adversário delas, na terra da paella, será o Ros Casares (campeão espanhol), equipe de Lauren Jackson (que ainda está na Austrália). O ZVVZ-USK Prague (campeão tcheco) será o rival do dia 8, na República Tcheca. E para finalizar a viagem, o campeão húngaro, UNIQA-Euroleasing Sopron, recebe as americanas em casa.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sem Érika, e com atuação brilhante de Iziane, Atlanta Dream é campeão do Leste

*Legenda das fotos ao final do post

O time que faltava para que a final entre conferências da WNBA tivesse seus competidores definidos se classificou hoje. O Atlanta Dream derrotou o Indiana Fever duas vezes seguidas na série melhor-de-três da final do Leste.

A brasileira Iziane Castro Marques, que foi reserva na maior parte da temporada, entrou como titular nas duas últimas partidas para substituir Érika de Souza, pois ela está com a seleção brasileira jogando o Pré-Olímpico, em Neiva, na Colômbia (e vai muito bem, obrigada). Você deve se perguntar: Mas a Érika é pivô, e a Iziane é ala, por que a Marynell Meadors não colocou Alison Bales, que tem média baixa, mas pelo menos joga na mesma posição, e o garrafão não ficaria defasado?

A técnica disse que queria se aproveitar da rapidez de suas alas, por isso, desde domingo, não existe nenhuma referência a pivô no quinteto titular do Atlanta, apenas jogadoras das posições de 1 a 4. E com essa escolha, Meadors foi muito feliz.

Iziane, portanto, foi bem-aventurada. Na partida do fim de semana (domingo, 25/09), ela foi a cestinha, com 30 pontos, e foi bem na defesa. No jogo de poucas horas atrás (27/09, às 21h), marcou apenas 7 a menos (23, muito pouco abaixo de Angel McCoughtry, sua companheira de equipe e cestinha do confronto, que fez 26).

A média da brasileira na temporada regular foi de 7,6 pontos por jogo (10 ppj em todo tempo de WNBA), e o ressurgimento nos playoffs pode ser decisivo em sua carreira. Esse é seu último ano de contrato com o Dream. Se seu rendimento nos jogos derradeiros de 2011 continuar em ascensão, o atual time em que ela está vai precisar liberar muito mais dinheiro para mantê-la na Geórgia, pois outras equipes podem fazer novas ofertas.

Em relação ao Indiana Fever, que ganhou o primeiro jogo dessa série, a derrota e a eliminação não foram os únicos elementos do saldo negativo. No segundo compromisso, Tamika Catchings (MVP) jogou com baixo rendimento (8 pontos e 9 rebotes) até aproximadamente 4 minutos para o fim. A partir daí, ela não esteve mais em quadra, pois precisou sair carregada devido a uma lesão (não muito importante) no pé direito. Sem a MVP, o Indiana perdeu de 94 a 77. Na partida dessa noite, o placar final também teve uma diferença grande: 83 a 67.

Fora das quatro linhas, essa série foi marcada pela dispensa de Érika. A repercusão do assunto foi maior do que imaginada, e de maneira negativa, pois grande parte dos norteamericanos estão tratando a atitude dela como desleal ao Atlanta Dream (que é o pensamento dos brasileiros quanto a Iziane para com o país). A técnica de sua equipe na WNBA, em entrevista à imprensa, após o jogo do domingo, disse que esteve em contato com a nossa seleção desde janeiro, mas só deram a certeza de que Érika precisaria sair há algumas semanas, e confirmaram a data precisa há alguns dias. Além disso, ela afirmou que o Brasil fazia ameaças, dizendo, por exemplo, que se ela não fosse liberada, poderia não jogar nas Olimpíadas.

Entrei em contato com CBB para checar isso, mas até agora não obtive resposta.


LENGENDAS DAS FOTOS:
1. Iziane, no domingo, comemora sua excelente atuação (30 pontos). Ela recebeu elogios de sua técnica e foi ovacionada pela torcida. FOTO: Scott Cunningham/NBAE/Getty Images;
2. Tamika Catchings, a atual MVP da liga, precisou ser carregada para fora da quadra. Apesar do contexto, gostei muito dessa imagem, por causa do equilíbrio das cores e dos elementos, e também da mensagem que ela passa. Tamika Catchings é muito especial para seu time, não só porque é uma das melhores jogadoras atualmente, mas também por seu carisma e sua humildade. (ATENÇÃO, SPOILER A PARTIR DAQUI) Essa foto me lembrou demais uma cena do filme "Ensaio Sobre a Cegueira", de Fernando Meirelles (adaptção da obra de José Saramago), quando as mulheres voltam carregando uma de suas companheiras depois de uma experiência traumática na quarentena (a propósito, o filme é ótimo, vale a pena conferir!). FOTO: Scott Cunningham/NBAE/Getty Images

domingo, 25 de setembro de 2011

E o campeão do Oeste é...

...o Minnesota Lynx!

Jogadoras do Minnesota Lynx comemoram o primeiro avanço da franquia à grande final da WNBA. Foto: Barry Gossage/NBAE/Getty Images

Por um jogo, o atual campeão do Oeste não igualou a campanha do Seattle Storm (atual dono da taça da WNBA) na temporada passada. A equipe de Maya Moore teve 27 vitórias e 7 derrotas antes dos playoffs (Storm foi 28-6), e até agora tem 3-2 nos jogos decisivos. A vítima da vez foi o Phoenix Mercury, que desde de 2009 tem jogado as finais da conferência Oeste.

O adversário do Minnesota na final geral desse ano pode ser o Atlanta Dream ou o Indiana Fever, que trazem a resposta na terça-feira (27). Durante os três meses de campeonato, o primeiro finalista de 2011 derrotou essas duas equipes em todas as vezes que se enfrentaram.

E o que a técnica Cheryl Reeve tem para ser campeã esse ano? Tudo. Começando com seu elenco, que finalmente esteve saudável e pôde jogar com força total. Seimone Augustus e Candice Wiggins mostraram o por quê de ainda terem a confiança da franquia mesmo tendo ficado fora em temporadas anteiores por causa de lesão, e sempre foram decisivas no ano decorrente. O acréscimo de Lindsay Whalen trouxe consistência e inteligência na posição número 1. Continuando a lista de reforços, a chegada de Taj McWilliams-Franklin, a Mama Taj (40 anos), tornou o garrafão do Lynx uma fortaleza e um campo minado, e também colocou um trono monárquico nele, pois essa mulher sabe como liderar e levar confiança a suas colegas. Rebekka Brunson é uma máquina de fazer pontos. E Maya Moore... bom, Maya Moore foi a melhor coisa que poderia ter acontecido ao Minnesota Lynx. Ela arremessa para três pontos, infiltra ou trabalha no garrafão com primazia, e sendo uma novata.

Seguindo a lógica da temporada, o campeão será "Los Lynx" (no twitter a hashtag #LosLynx virou febre), mas para isso elas podem ter que enfrentar Tamika Catchings (ou não, já que ela se machucou no jogo de hoje), Katie Douglas e o Indiana Fever para dar o primeiro anel à franquia. Seria mais fácil passar pelo Atlanta Dream do que pelo time da MVP.

Meu palpite é de que o Minnesota Lynx ganha esse ano.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tamika Catching é a MVP da temporada

*legendas das fotos e fatos sobre a jogadora ao final do post!

Nessa quinta-feira (22/09) a WNBA anunciou que Tamika Catchings foi eleita a jogadora mais valiosa da temporada.

Em sete das últimas quatorze premiações de MVP, a vencedora dele esteve entre as quatro maiores pontuadoras, mas Catchings figura apenas a décima colocação esse ano. Nos outros fundamentos (rebotes, assistências e roubos), ela está entre as quinze melhores. Então, o que a fez merecer os 292 votos de quarenta jornalistas esportivos dos Estados Unidos?

Tamika entrou na WNBA em 2001, mas só começou a atuar em 2002 porque sofreu uma lesão do ligamento cruzado anterior (que aflige tantos atletas) em seu último ano universitário com a University of Tennessee (ela foi pupila de Pat Summit, aquela que agora está com Alzheimer). Assim que estreou, ganhou o Novata do Ano e terminou como uma das três mais votadas para o prêmio que só recebeu dez anos após chegar na liga profissional.

Por quatro vezes foi escolhida a melhor defensora da competição, mas ainda assim não conseguia o maior prêmio individual de uma atleta da WNBA. Ele finalmente aconteceu, mas ela afirma que ainda não sente que sua carreira está completa. Para que isso aconteça, falta a taça, junto do anel.

"Ser nomeada MVP é ótimo e eu realmente estou animada com ele, mas minha missão ainda não está completa. Minha missão é conquistar um título, e eu acredito que, como um time, estamos extremamente empenhadas nisso", disse a MVP.

Sua companheira de equipe Katie Douglas confirma. "Prêmios individuais são ótimos, e ela merece isso, mas se ela tivesse que escolher entre os dois, certamente ficaria com o título de campeã da WNBA."

Em 2009, ela quase conseguiu, mas o Indiana Fever não pôde conter o Phoenix Mercury, que corre o risco de ser seu rinal na grande final mais uma vez, já que os dois estão na peleja pela conquista de suas respectivas conferências.

O feito de Tamika Catchings lança um novo olhar sobre o prêmio de jogadora mais valiosa. O que vale agora, não é apenas o poder ofensivo da atleta em questão, mas sim seu papel em quadra, e o efeito que ela pode causar sendo uma jogadora completa. Tamika pode definir o jogo fazendo pontos, ou construindo uma barricada contra o adversário, sendo excelente nos dois. Fora das quatro linhas, Catchings é uma das mais ativas na comunidade, além de ser a presidente da WNBA Players Association (aquela que na versão NBA está tendo problemas com os cartolas).

A ala quebrou tabus, e superou dificuldades da vida. O corpo da atleta é perfeito, mas uma parte dele não cumpre completamente sua função principal. Tamika é meio surda. Da sexta série até a metade do seu período com as Lady Vols ela se recusou a usar aparelho para a ajudar a ouvir. O motivo? Não queria escutar seus coleguinhas caçoando dela. "As crianças tiravam sarro de mim por causa da minha aparência e por causa do meu jeito de falar. Crianças não entendem que as pessoas são diferentes." Ela rejeitou a ajuda, até que Pat Summit a convenceu a usar o aparelho que melhora sua audição.

Hoje, com dez anos de experiência na WNBA, Tamika Catchings já foi eleita melhor defensora da liga, já esteve no elenco do "Melhor Time da WNBA", está entre as quinze melhores jogadoras de toda a história da WNBA, foi campeã do Leste, já foi a mais votada para o All-Star Game, e agora ganhou um MVP. Mas não devemos pensar que já tivemos o bastante dessa brilhante jogadora.

Há algumas horas, ela e o Indiana Fever deram o primeiro passo para mais uma decisão, ao vencer o Atlanta Dream por 82 a 74. A MVP fez um duplo-duplo (12 pontos e 13 rebotes). Se conseguirem mais uma vitória, a vaga na série final da temporada está garantida, e Tamika Catchings finalmente poderá preencher todas os espaços de sua carreira basquetebolística.

"Eu realmente sinto que com isso [o título da WNBA] eu completaria tudo em qualquer área do basquete. Eu já completei todo o resto. Essa é a última missão agora."

Confira esse vídeo feito pela WNBA com as 10 melhores jogadas de Tamika Catchings nessa temporada. Em uma delas (a partir do 0:053), ela faz a cesta, volta ára defender e quebra o passe do New York Liberty do outro lado da quadra. A jogada número 1, é aquela com a qual alcançou seu 5000º ponto na carreira. No mesmo dia (13/08) ela alcançou sua maior pontuação na carreira (32 pontos).

LEGENDA DAS FOTOS:
1. Tamika Catchings foi a terceira escolha do draft de WNBA de 2001, ficando atrás apenas de Lauren Jackson e Kelly Miller.
2. Como só pode estrear em 2002, nesse ano foi escolhida para receber o prêmio de Novata do Ano, e ficou em terceiro lugar na luta pelo MVP.
3. No ano em que Lauren Jackson foi MVP, Tamika ficou no terceiro lugar da disputa com a australiana.
4. Nessa imagem, ela está entre dois nomes importantíssimos para o basquete feminino. À sua esquerda, Tina Thompson (ainda ativa, no Los Angeles Sparks) e Lisa Leslie (aposentada). Em 2008, ela ganhou sua segunda medalha olímpica de ouro. A primeira veio em 2004.

Fatos sobre Tamika Catchings:
1. Ela foi eleita quatro vezes como a melhor defensora da temporada, com direito a duas consecutivas (2005 e 2006).
2. Participou de sete All-Star Games, sendo que nesse último foi a que teve mais votos entre as duas conferências.
3. Fez seu milésimo ponto em seu segundo ano como profissional.
4. Devido a uma lesão, em 2008 ela chegou mais tarde às quadras, e ainda assim teve lugar no melhor time de defesa da temporada.
5. Seu pai, Harvey Catchings, atuou por 11 anos na NBA.
6. Ela fez parte do Time da Década da WNBA, no décimo aniversário da liga.
7. Foi a jogadora mais rápida a alcançar 2000 pontos.
8. Em seu ano de estreia com a WNBA, também foi campeã mundial com os Estados Unidos pela FIBA.
9. No mesmo dia em que foi selecionada, Svetlana Abrosimova, Penny Taylor, Katie Douglas, Ruth Riley, Deanna Nolan, Tammy Sutton-Brown e Yelena Karpova também entraram na WNBA. Dessas, duas são suas companheiras de equipe no Indiana Fever (Katie Douglas e Tammy Sutton-Brown).

Os finalistas do Oeste

Na terça-feira (20/09), o Minnesota Lynx venceu o San Antonio Silver Stars e com isso determinou quais times fariam a final da conferência Oeste. Um dia antes, em uma partida emocionante, o Phoenix Mercury surpreendeu ao se sair melhor do que o Seattle Storm e também garantiu a sua vaga.

O jogo do dia 19, na KeyArena, foi decidido nos últimos segundos da prorrogação, e foi Candice Dupree quem entregou a vitória para o time de Diana Taurasi, que chegou a ser eliminada por faltas.

Já em Minneapolis, apesar do San Antonio Silver Stars ter conseguido ganhar do Minnesota Lynx no segundo confronto desses times nos playoffs, a equipe que ficou em primeiro lugar no Oeste mostrou sua soberania e deixou o visitante muito para trás ao ganhar de 85 a 67.

Dados das séries
Minnesota Lynx (1) 2 x 1 San Antonio Silver Stars (4)
Jogo 1: 66-65 (Lynx)
Jogo 2: 84-75 (Silver Stars)
Jogo 3: 85-67 (Lynx)

Seattle Storm (2) 1 x 2 Phoenix Mercury (3)
Jogo 1: 80-61 (Storm)
Jogo 2: 92-83 (Mercury)
Jogo 3: 77-75 (Mercury

Os finalistas do Oeste

Na terça-feira (20/09), o Minnesota Lynx venceu o San Antonio Silver Stars e com isso determinou quais times fariam a final da conferência Oeste. Um dia antes, em uma partida emocionante, o Phoenix Mercury surpreendeu ao se sair melhor do que o Seattle Storm e também garantiu a sua vaga.

O jogo do dia 19, na KeyArena, foi decidido nos últimos segundos da prorrogação, e foi Candice Dupree quem entregou a vitória para o time de Diana Taurasi, que chegou a ser eliminada por faltas.

Já em Minneapolis, apesar do San Antonio Silver Stars ter conseguido ganhar do Minnesota Lynx no segundo confronto desses times nos playoffs, a equipe que ficou em primeiro lugar no Oeste mostrou sua soberania e deixou o visitante muito para trás ao ganhar de 85 a 67.

Dados das séries
Minnesota Lynx (1) 2 x 1 San Antonio Silver Stars (4)
Jogo 1: 66-65 (Lynx)
Jogo 2: 84-75 (Silver Stars)
Jogo 3: 85-67 (Lynx)

Seattle Storm (2) 1 x 2 Phoenix Mercury (3)
Jogo 1: 80-61 (Storm)
Jogo 2: 92-83 (Mercury)
Jogo 3: 77-75 (Mercury

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Leste já tem times garantidos na final

As semifinais do Leste foram entre Indiana Fever (primeiro lugar) e New York Liberty (quarto lugar), e Connecticut Sun (segundo lugar) e Atlanta Dream (terceiro lugar).

No domingo, o Atlanta Dream foi o primeiro time que não havia ficado na frente do rival na temporada regular a seguir na competição. A equipe das brasileiras Érika de Souza e Iziane Castro fechou a série em 2-0, sendo que a última partida foi na casa delas, em Atlanta. As nossas conterrâneas tiveram participação crucial nessa conquista.

A pivô era indomável embaixo da tabela, enquanto Iziane trazia arremessos e finalizações decisivas para o Dream, mesmo não ficando tanto tempo em quadra. No primeiro confronto, ela substituiu Angel McCoughtry, quando essa foi expulsa por ter atingido o limite de faltas.

Dados dessa série:
Connecticut Sun (2) 0 x 2 Atlanta Dream (3)
Jogo 1: 89-84 (Dream)
Jogo 2: 69-64 (Dream)


A outra decisão, Indiana Fever x New York Liberty, teve o desfecho esperado, já que o time de Tamika Catchings sempre esteve na frente na competição. Porém, para atingir a vaga na final da conferência o Indiana precisou da terceira partida.

Nos dois compromissos, Katie Douglas foi a maior pontuadora, com 25 pontos no primeiro jogo, e 21 no terceiro.

Dados dessa série:
Indiana Fever (1) 2 x 1 New York Liberty (4)
Jogo 1: 74-72 (Fever)
Jogo 2: 87-72 (Liberty)
Jogo 3: 72-62 (Fever)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Maya Moore ganha o prêmio de novata do ano

(Foto: Barry Gossage/NBAE/Getty Images)

Pelo quarto ano seguido, a primeira escolha do draft foi eleita a melhor novata do ano. Maya Moore entrou na WNBA com pompa no dia 11 de abril, e ajudou a mudar a história do Minnestoa Lynx, ajudando o time a voltar aos playoffs depois de 6 anos de jejum forçado de pós-temporada.

No final da temporada regular, a ex UConn liderava todas as primeiranistas em pontos (13.2), eficiência (14.2), roubos de bola (1.41) e minutos (28), o que a ajudou a ganhar 38 votos de jornalistas esportivos nos Estados Unidos, contra apenas 2 a favor de Danielle Adams (SAN).

Em junho, Adams foi quem ganhou o prêmio de novata do mês, mas uma contusão no pé direito a deixou de fora de quadra por aproximadamente 5 semanas, e isso fez com que a as probabilidades de ela tirar o prêmio mais importante da categoria das mãos de May Moore fossem menores ainda.

Hoje (16/09), as duas se enfrentam no primeiro jogo da série Lynx-Silver Stars dos playoffs de 2011 da WNBA, e como novatas já carregam o peso de colocar o time na frente em horas de aperto.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Seattle Storm x Phoenix Mercury, a melhor defesa contra o melhor ataque

Os playoffs da WNBA começam hoje, e um dos duelos que vai decidir quem leva a taça, é o clássico Seattle Storm x Phoenix Mercury, na semifinal da conferência Oeste.

Quais as vantagens de um sobre o outro?

Seattle Storm:
1. Mesmo sem Lauren Jackson em 20 partidas, foi a melhor defesa da temporada, permitindo que seus adversários marcassem apenas 69.85 pontos por jogo quando se enfrentavam.
2. Nas últimas duas temporadas ganhou 10 dos 11 jogos contra o time do Arizona.
3. Sue Bird, por causa da ausência da pivô australiana, precisou carregar um pouco do peso da ofensiva e atingiu seu recorde na carreira, anotando 14.7 pontos por jogos, e também superou sua marca em assistências, com 4.9 por partida nessa temporada.
4. A equipe da cidade de Bill Gates foi a única a deixar que seus adversários tivessem média de menos de 70 pontos por jogo, em 2011.
5. O Storm tem vantagem de quadra, e nos ano passado, quando foram campeões, fizeram campanha de 15-2 em casa. O Mercury está com 8-9 na estrada esse ano.
6. As meninas estão defendendo o título de 2010, e levam isso como obrigação. Um Seattle determinado é um Storm perigoso.

Como o Phoenix Mercury pode rebater isso?

Veja bem:
1. É a melhor ofensiva esse ano: 88.97 pontos por jogo.
2. Diana Taurasi ganhou como cestinha da temporada com 21.625 pontos por jogo. Ela tem ao seu lado a colega de seleção de Lauren Jackson Penny Taylor (16.7 ppj, 4.9 rpj e 4.7 apj), e também Candice Dupree, uma das jogadoras mais menosprezadas da WNBA.
3. Esse é o terceiro ano consecutivo que o Phoenix ganha como time de melhor ataque.
4. O feito de Diana Taurasi de maior pontuadora do ano se repete há quatro temporadas. Esse é o seu quinto, no total.

O Seattle Storm tem vantagem no confronto, mas o Phoenix Mercury é um time de surpresas. Taurasi se torna imbatível em momentos decisivos, quando começa a acertar seus belos jump shots e arremessos de 3 pontos, e Penny Taylor e Candice Dupree não têm falhado na missão. A pivô DeWanna Bonner é bastante flexível e se movimenta bem. Temeka Johnson distribui bem o jogo, e é experiente, conhece o time em que joga.

O resulto do primeiro confronto entre esses grandes grupos sai hoje à noite, com transmissão da WNBA. O site oficial agenda o compromisso para 23h. Não perca!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dentro da seleção: Amistoso Brasil x Cuba - Jogos Desafio Eletrobras

Nesse fim de semana, a seleção brasileira de basquete feminino participou de dois amistosos pelos Jogos Desafio Eletrobras contra a sempre rival Cuba, como parte da preparação para o Pré-Olímpico, que começa no dia 24 desse mês, e dá apenas uma vaga para algum time da América, nas Olimpíadas de 2012. O primeiro foi na sexta-feira e o outro no domingo, dia em que eu estive na cidade de Americana para ouvir algumas jogadoras e personagens da comissão técnica.

O duelo Brasil x Cuba sempre foi palco de fortes emoções, e próximo ao levantar da bola na manhã do dia 11, Janeth, que já passou por muitos deles, falou sobre a importância de enfrentar essa seleção em um amistoso há poucos dias da viagem à Colômbia. "O importante é que nós estamos evoluindo taticamente, técnicamente e fisicamente. Queremos chegar a 100% na competição, e Cuba sempre foi um time para o qual podemos pedir o caminho que estamos trilhando, e também é um adversário direto na disputa pela vaga na competição [em Neiva], junto ao Canadá e a Argentina."

Tanto Ênio Vecchi (técnico) quanto Janeth (assistente técnica) e Hortência (diretora de seleções) ficaram satisfeitos com o que viram dentro de quadra. "Lógico que não executamos 100% daquilo que nós programamos. Ainda temos algumas correções a serem feitas, mas a atuação delas foi satisfatória," disse o comandante da equipe.

O discurso da diretora não foi diferente. "Eu não estou buscando resultado. É obvio que a televisão está aí e estão mostrando [os jogos] para todo mundo, mas o mais importante é treinar a equipe para o Pré-Olímpico. O time masculino do Brasil [em Mar Del Plata] não começou jogando como eles terminaram. O importante é crescer na competição e ganhar na hora que tem que ganhar", disse a ex-atleta, que aproveitou a conquista dos meninos no sábado para animar as jogadoras em uma rápida reunião na noite do mesmo dia. "Eu aproveitei esse momento, que é de alegria para os meninos, e falei pra elas que a gente também sente isso. O mais importante que eu percebi [na partida da seleção masculina, contra a República Dominicana] foi o abraço dos jogadores antes do jogo. Uma coisa forte, uma coisa de equipe, uma união, mas não da boca para fora, o que para mim faz toda a diferença. E eu perguntei se elas haviam observado isso, porque eu vejo que elas estão iguais."

Em um elenco de jogadoras que passam por fases tão diferentes (as idades variam de 18 a 32 anos), o olhar não pode ser desviado do foco, que é a conquista da vaga olímpica, e Clarrisa e Chuca disseram, com certeza e alegria, que o grupo está bastante unido. Damiris (18 anos), a mais nova, teve sua primeira participação com a seleção principal na sexta-feira, e estava bastante nervosa. No final do compromisso, Chuca (32 anos) sentou ao lado dela no alongamento e a deu algumas palavras de consolo. "Por ser transmitido na televisão, nós achamos que temos a obrigação de fazer um bom jogo e mostrar porque viemos. Então, eu só falei para ela ficar tranquila e acreditar no potencial dela. Ela está aqui e vai contribuir muito bem, assim como as outras. Também disse que estamos prontas para ajudar, e acho que ela ficou muito feliz com isso", contou a veterana, durante uma conversa muito agradável no lounge do hotel em que a seleção está hospedada no interior de São Paulo. Na sexta-feira, quando as brasileiras perdiam no último quarto, ela entrou em quadra e acertou uma bola de três pontos, que ajudou na retomada da liderança do placar. "É trabalho. Eu acho que quando você trabalha e acredita, as coisas vão caminhando e dá tu do certo", foi o máximo que Patrícia Oliveira (sim, esse é o nome dela!) comentou sobre si quando sua atuação no primeiro dos amistosos foi mencionada.

A jogadora de maior destaque nos jogos foi a pivô Clarissa (24 anos, 1,87m), que marcou 24 pontos e pegou 11 rebotes no dia 9, e fez 13 e 11 dos mesmos fundamentos no domingo. "O que eu acho que trago de mais importante para a seleção é o mínimo que uma ótima atleta pode fazer, que é ter disposição de estar livre todos os dias executando nosso trabalho, o qual gostamos de fazer, e fazemos com alegria. E isso é o mesmo que todas as meninas aqui também trazem para o time", disse com humildade a provável dupla de Érika de Souza no garrafão verde e amarelo.

Um dos nomes mais importantes do Atlanta Dream, Érika está confirmada no grupo que vai disputar com outras 9 seleções um espaço em Londres. Diferente dela, Iziane pediu dispensa. Esse é seu último ano de contrato com a WNBA (ela joga no mesmo time que Érika), e ela quer continuar com a equipe da Geórgia na pós-temporada, para poder garantir que continua na liga norteamericana. (Se eu for falar DE VERDADE sobre esse assunto nesse post, o texto vai ficar grande demais. Fica para a próxima!)

Na tarde do domingo, Ênnio Vecchi acabou com a ansiedade das jogadoras (e dos torcedores, jornalistas...) ao liberar a lista das convocadas. Confira abaixo quem são elas:

SELEÇÃO BRASILEIRA FEMININA (fonte: CBB.com.br):
Nome - Posição - Idade - Altura – Clube – Naturalidade
Adriana Moisés Pinto - Armadora – 32 anos - 1,70m - Parma (Itália) – SP
Palmira Marçal – Ala/Armadora – 26 anos - 1,75m - Poty/A. Cometa Unimed Catanduva (SP) – PR
Patrícia de Oliveira Ferreira – Ala – 32 anos - 1,82m - Ourinhos Basquete (SP) – SP
Micaela Martins Jacintho – Ala - 31 - 1,80 Santo André/Semasa (SP) – RJ
Franciele Aparecida do Nascimento - Pivô - 23 anos - 1,92m - Hondarribia (Espanha) – PR
Silvia Cristina Gustavo Rocha Valente - Ala - 28 anos - 1,86m - Ourinhos Basquete (SP) – SP
Bárbara de Queiroz - Armadora - 25 anos - 1,80m - Unimed/Americana (SP) - SP
Damiris Dantas do Amaral - Pivô – 18 anos - 1,92m – Celta de Vigo (Espanha) – SP
Nádia Gomes Colhado - Pivô – 22 anos - 1,94m - Santo André/Semasa (SP) – PR
Clarissa Cristina dos Santos – Pivô – 23 anos - 1,87m - Unimed/Americana (SP) – RJ
Gilmara Justino - Pivô - 30 anos - 1,85m - Poty/Açucar Cometa Unimed Catanduva (SP) – SP
Erika Cristina de Souza - Pivô – 29 anos - 2,00m - Atlanta Dream (EUA) – RJ

Bethânia, Tássia (lesionada), Carina e Jaqueline foram os últimos cortes.

No próximo dia 16 (sexta-feira), Ênio Vecchi, sua equipe técnica e suas jogadoras viajam para o vizinho da América do Sul onde batalharão para conseguir o mesmo que Magnano, Tiago Splitter, Marcelinho e todos os meninos que representaram o Brasil em Mar del Plata. Elas levam consigo não somente a responsabilidade de garantir a presença na Europa em julho do ano que vem, mas também aquela de trazer a modalidade de volta ao espaço que um dia teve em terras tupiniquins.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E a última vaga dos playoffs vai para...

...o San Antonio Silver Stars, após uma partida definida pela experiência de Becky Hammon.

[Clique aqui para assistir alguns lances do jogo. via WNBA.com]

A veterana marcou 37 pontos, sendo que desses, 17 vieram de arremessos de 3 pontos e lances livres, e os outros vinte surgiram das bandejas acrobáticas que os espectadores estão acostumados a assistir há 13 temporadas.

O time a começar ganhando foi o San Antonio Silver Stars, que sofreu uma reação do Los Angeles Sparks algumas vezes, mas no período derradeiro não abriu espaço para que o esquadrão de Candace Parker pudesse marcar. O resultado final foi 82 a 65.

No post anterior, eu havia escrito que esse confronto poderia se tornar um campo de batalha. Não demorou muito para que Sophia Young recebesse uma cotovelada no nariz e saísse de quadra sangrando.

E ferida e sangrando é exatamente como se encontra a história do Los Angeles Sparks após essa eliminação, já que desde 1997, quando a liga e o time foram fundados, o time só não seguiu à pós-temporada em 1997, 1998 e 2007. Agora, 2011 também entra na lista negra dessa equipe que tem um legado tão forte na WNBA.

O San Antonio Silver Stars tem aparecido nos playoffs desde 2007, como um time da franquia do Texas. Enquanto teve base em Utah, jogou duas vezes (2001 e 2002) na segunda fase da liga, mas nunca foi campeão. Em 2008, fez a grande final, contra o Detroit Shock, mas perdeu a série de 5 jogos de 3-0. Nesse ano, mesmo enfrentando o Minnesota Lynx logo na primeira fase do tudo-ou-nada, é um forte concorrente a levar o anel para casa.